FESTAS EM MEIO À GUERRA
Ucrânia celebra Natal em 25 de dezembro pela 1ª vez e 4 morrem em ataque russo
Ataque russo mata 4 na Ucrânia, que celebra o Natal em 25 de dezembro pela primeira vez
Última atualização: 25/12/2023 13:16
O Papai Noel adicionou um novo país em sua rota de entrega de presentes nesta madrugada do dia 24. Pela primeira vez, a Ucrânia celebrou o Natal em 25 de dezembro. Porém, um bombardeio russo atrapalhou as comemorações. As bombas atingiram a região de Kherson no domingo (24) e quatro pessoas morreram.
O ataque ainda deixou mais nove pessoas feridas, provocou incêndios em residências e locais de saúde, além do gasoduto, segundo chefe da administração militar regional, Oleksandr Prokudin.
Andrii Yermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, foi ao X - antigo Twitter - afirmar que "a Rússia certamente responderá por tudo" e que "não há feriados para o inimigo".
As forças russas não atacaram apenas Kherson. Um bombardeio contra 20 cidades e vilarejos no Norte da Ucrânia também deixou feridos.
Natal ucraniano
Anteriormente, o país celebrava o Natal em 7 de janeiro, já que é seguido o calendário juliano na religião cristã ortodoxa, que comemora no primeiro mês do ano o aniversário de Jesus Cristo. Desde o ano passado, alguns ucranianos ortodoxos estão comemorando o evento em dezembro, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022.
A religião é seguida na Rússia e o governo ucraniano tenta se distanciar do país. Uma das muitas medidas para isso foi a mudança na data de celebração, aprovada pelo Parlamento, determinando que fosse seguido o calendário gregoriano. "O povo ucraniano está submetido há muito tempos à ideologia russa em quase todas as esferas da vida, inclusive com o calendário juliano e na celebração do Natal em 7 de janeiro", é o que diz o Projeto de Lei (PL).
Não é uma obrigatoriedade, apenas uma recomendação. Nem todos os ucranianos comemoram a data nesta segunda-feira (25). Das cerca de 7 mil paróquias ortodoxas, 120 não alteraram a data natalina.
*Com informações de Estadão e Folha de S. Paulo