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Trump é condenado a pagar R$ 410 milhões por difamação a escritora que o acusa de estupro

Jornalista E. Jean Carroll acusou o ex-presidente dos Estados Unidos de estupro e, posteriormente, difamação

Publicado em: 27/01/2024 13:00
Última atualização: 27/01/2024 13:01

O ex-presidente Donald Trump foi condenado a pagar mais 83 milhões de dólares, o equivalente a cerca de R$ 410 milhões, a jornalista E. Jean Carroll que o acusou de estupro e, posteriormente, difamação. A condenação aconteceu na sexta-feira (26).


Ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Foto: SAUL LOEB / AFP-ARQUIVO

A vítima afirma que o líder republicano prejudicou a sua imagem e reputação por chamá-la de mentirosa ao negar a agressão sexual.

Antes do veredito, Trump deixou o tribunal de forma abrupta enquanto a defesa da escritora se manifestava e não ouviu a argumentação final dos próprios advogados. Nas redes sociais, ele criticou o veredito: "absolutamente ridículo", escreveu.

Essa foi a segunda vez em menos de um ano que a Justiça decidiu sobre a alegação de Carroll de que Trump a estuprou em uma loja de departamentos na cidade de Nova York em 1996. No primeiro veredito, em maio, ele foi considerado responsável pelo abuso sexual e condenado a pagar 5 milhões de dólares em indenização.

Agora, a ação foi motivada por declarações de Trump sobre Carroll enquanto ainda era presidente dos Estados Unidos. Donald Trump tem negado todas as acusações e afirma que seria vítima de uma "caça às bruxas".

"Discordo completamente de ambos os vereditos e irei recorrer a toda essa Caça às Bruxas dirigida por Biden focada em mim e no Partido Republicano. Nosso Sistema Legal está fora de controle e está sendo usado como uma Arma Política", escreveu o líder republicano na sua rede, a Truth Social, depois do veredito.

Apesar da série de problemas que acumula na Justiça, Trump está a caminho de mais uma nomeação para representar o partido Republicano na corrida à Casa Branca. Ele venceu as prévias em Iowa e New Hampshire.

Entenda

Carroll, de 80 anos, entrou com processo contra Trump em novembro de 2019 por ele ter negado, cinco meses antes, que a tivesse estuprado em meados da década de 1990 em uma loja de departamentos Bergdorf Goodman, em Manhattan.

Com informações de Associated Press

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