Supertufão de categoria 4 com ventos de 210km/h faz autoridades emitirem alerta máximo

O supertufão Yagi é o ciclone tropical mais intenso de 2024 em termos de vento, ao alcançar rajadas de 210 km/h enquanto seguia através do Mar da China Meridional, conforme o portal Xinhua. Antes de intensificar para categoria 4, provocou inundações e deslizamentos de terra na principal ilha filipina de Luzon, matando 13 pessoas nesta semana. No fim de agosto, o tufão Shanshan devastou o Japão.

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Segundo a MetSul Meteorologia, Yagi fica atrás apenas do furacão Beryl, que atingiu a categoria 5, o máximo da escala Saffir-Simpson, e devastou várias ilhas caribenhas entre o fim de junho e o começo de julho com ventos de 270km/h. Depois, ainda inundou cidades estadunidenses.

O supertufão fez com que cidades chinesas suspendessem aulas e cancelassem voos nesta quinta-feira (5). Ainda conforme os meteorologistas, Yagi é o ciclone tropical mais intenso no Mar da China Meridional nos últimos 55 anos. O fenômeno possui pressão de 915 hPa ao nível do mar, empatando com o ciclone "monstro" Rai (Odette, nome local), em 2021.

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Rota do supertufão

Yagi deve atingir na sexta-feira (6) Hainan, na China. A província já conhece estragos provenientes de tufões, mas apenas oito de categoria 3 a 5 atingiram a costa desde 1950. O mais recente foi o Rammasun, de categoria 5, em 2014. 

Outra possibilidade é que o supertufão chegue à vizinha de Hainan, Guangdong, na tarde de sexta. O observatório meteorológico de Hong Kong emitiu o terceiro maior alerta para tufão. Pelo menos 38 voos foram cancelados no aeroporto da capital chinesa nesta quinta (5).

Após o Sul da China, a MetSul acredita que Yagi se moverá em direção ao Vietnã, a caminho do norte e do centro-norte, ao redor do famoso patrimônio da Unesco, a Baía de Halong.

As autoridades do país pediram para que cerca de 2,2 mil turistas nas ilhas costeiras retornassem ao continente antes da chegada do fenômeno e alertaram que chuvas pesadas podem causar inundações generalizadas em áreas montanhosas e urbanas. Mais de 2,7 mil militares foram colocados em prontidão. Províncias costeiras estão planejando proibir navegação na sexta.