MISTÉRIO NO MAR
SUBMARINO DO TITANIC: Em vídeo de 2021, CEO da OceanGate admite irregularidades no Titan
Stockton Rush, que estava a bordo da embarcação, diz ter "quebrado algumas regras" para tornar as viagens ao Titanic possíveis
Última atualização: 28/12/2023 16:56
O caso do desaparecimento do submersível Titan repercutiu por todo o globo durante a semana. Até quinta-feira (22), foram incansáveis as buscas pela embarcação, que seguia em expedição ao Titanic e contava com cinco pessoas a bordo.
Na tarde de quinta, no entanto, veio a comprovação: destroços foram encontrados e especialistas comprovaram que se tratava de restos do Titan. A Guarda Costeira dos Estados Unidos constatou a morte dos tripulantes, que morreram com a implosão da embarcação, e avisou as famílias. O motivo da fatalidade ainda não foi descoberto.
No entanto, as irregularidades do Titan foram admitidas em 2021 pelo CEO da Ocean Gate, Stockton Rush, que pilotava a embarcação e que morreu com a implosão.
Segundo a Agência Estado, em vídeo, ele admite irregularidades na construção do submarino que desapareceu no Atlântico no domingo (18). Na entrevista, gravada pelo blogueiro Alan Estrada, que reapareceu ontem, Rush diz ter "quebrado algumas regras" para tornar as viagens ao Titanic possíveis.
"Gostaria de ser lembrado como um inovador. Acho que foi o general (Douglas) MacArthur quem disse: ?Você é lembrado pelas regras que quebra. Eu quebrei algumas regras para fazer isso. Mas acho que as quebrei com lógica e boa engenharia por trás de mim", afirmou Rush, em referência ao design e à cabine feita de fibra de carbono e titânio.
E-mails
Trocas de e-mails entre Rush e um especialista em exploração marítima, reveladas pela BBC, também indicam que ele não só ignorou os alertas de segurança como chegou a dizer que estava cansado de reclamações daqueles que tentavam "impedir a inovação".
"Ouço com frequência gritos infundados de 'Você vai matar alguém'. Tomo isso como um insulto pessoal", escreveu Rush a Rob McCallum, consultor de expedições em alto-mar, em 2018, que havia criticado a falta de segurança das expedições.
Com informações de Agência Estado e agências internacionais