PERIGO EXTREMO
"Se escolherem ficar, morrerão": Perigoso furacão Milton se aproxima da Flórida
Fenômeno deve alcançar a península do sudeste americano na noite de quarta-feira
Última atualização: 08/10/2024 14:36
As autoridades de Flórida multiplicaram os pedidos de evacuação por conta da chegada de Milton, um furacão "extremamente perigoso". O fenômeno deve alcançar a península do sudeste americano na noite de quarta-feira (9).
Já afetada pela destruidora passagem de Helene há dez dias, "toda a península da Flórida está sob algum tipo de alerta ou advertência", afirmou, nesta terça-feira, o governador do estado, o republicano Ron DeSantis.
"Posso dizer isso sem que seja exagerado: se escolherem ficar em uma das zonas de evacuação, morrerão", à CNN Jane Castor, prefeita da cidade de Tampa.
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Geradores, alimentos, água e tendas estão sendo distribuídos por toda a Flórida e muitos habitantes estão protegendo suas casas ou planejam ir embora. "Vocês têm tempo para sair, então, por favor, saiam", pediu DeSantis aos moradores das áreas de risco na segunda-feira.
O Centro de Furacões dos EUA (NHC) alertou que Milton é "um furacão extremamente perigoso". À medida que se deslocava pelo Golfo do México, foi rebaixado para a categoria 4 na escala Saffir-Simpson, depois de atingir a categoria 5, a mais alta.
O NHC pediu aos moradores que "se preparem para a chegada do Milton hoje e evacuem se solicitado pelas autoridades". Espera-se que Milton chegue à Flórida, o terceiro estado mais populoso dos EUA, na noite de quarta-feira para quinta-feira.
Às 12 horas (9 horas no horário de Brasília) desta terça-feira, o furacão estava a 880 quilômetros de Tampa, com ventos de mais de 230 quilômetros por hora.
Milton passou perto da Península de Yucatán, no México, na noite de segunda-feira, causando chuva pesada, ventos fortes e ondas de tempestade, mas não foram registrados grandes danos.
Intensificação rápida
Milton é "a pior" tempestade a atingir a área de Tampa em mais de 100 anos, de acordo com o NHC.
Os cientistas dizem que a mudança climática provavelmente desempenha um papel na rápida intensificação dos furacões porque as superfícies oceânicas mais quentes liberam mais vapor de água, o que dá às tempestades mais energia e, consequentemente, intensifica seus ventos.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (Noaa) previu em maio que a temporada de furacões do Atlântico Norte (junho a novembro) seria especialmente turbulenta este ano devido ao aquecimento dos oceanos.
O sudeste dos Estados Unidos ainda está se recuperando do devastador furacão Helene, que causou enchentes e danos significativos em seis estados, matando pelo menos 234 pessoas. Os serviços de emergência ainda estão trabalhando para ajudar as muitas vítimas.