ESPAÇO

Satélite pode cair na Terra nesta quarta-feira após 29 anos no espaço; entenda por quê

Satélite estava no espaço desde 1995 e foi desativado em 2011

Publicado em: 21/02/2024 11:02
Última atualização: 21/02/2024 11:34

O satélite European Remote Sensing 2 (ERS-2), da Agência Espacial Europeia (ESA), irá cair na Terra possivelmente nesta semana, após 29 anos no espaço. Segundo as últimas atualizações da agência, a previsão é que ele entre na atmosfera ainda nesta quarta-feira (21).


ERS-2 irá cair na Terra possivelmente nesta semana, após 29 anos no espaço Foto: ESA/Divulgação

Ele foi visto em 3 de fevereiro, em uma altitude acima de 300 quilômetros, por uma companhia espacial da Austrália chamada HEO. Na segunda-feira (19), o ERS-2 estava já a 200 quilômetros, caindo cerca de 10 quilômetros por dia.

Quando chegar a 80, vai começar a quebrar em pedaços que, em sua grande maioria, vão ser destruídos após pegar fogo. O mais provável é que os fragmentos que sobrarem caiam no oceano. Segundo a ESA, nenhuma parte do ERS-2 contém substâncias tóxicas ou radioativas.

Apesar de muito questionado, a agência espacial afirma que o risco de ser atingido por um pedaço do satélite é 1 em 100 bilhões. Ou seja, 65 mil vezes menor que o de ser atingido por um raio.

Lançado em 1995, ele foi lançado ao espaço para coletar dados sobre a superfície, oceanos e calotas polares da Terra, além de monitorar desastres naturais, como terremotos. Em 2011, a sua desativação começou, de acordo com a ESA.

Ele irá reentrar na atmosfera da Terra de forma natural, já que o satélite não pode ser controlado de forma manual. A única força que está fazendo com que ele caia é a atmosfera, influenciada pela imprevisibilidade da atividade solar.

Missão

Em 2011, a ESA decidiu fechar a missão e o ERS-2 começou a ser ativamente retirado da órbita, descendo em primeiro momento de 785 quilômetros para 573. Em setembro do mesmo ano, suas baterias e sistema de pressurização foram esvaziados para reduzir o risco de acontecer um problema interno, fazendo com que o satélite se quebrasse em pedaços enquanto continuava em uma altitude usada por outros ativos.

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