Combustíveis, carne bovina e até a abobrinha. Desde a posse do presidente Javier Milei, em 10 de dezembro, os argentinos estão vendo a inflação crescer ainda mais rápido. Há 20 dias, o país sul-americano contava com a terceira maior taxa inflacionária do mundo: 160% de aumento nos preços em relação ao ano anterior.
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No entanto, com a estratégia de desvalorizar o peso em ritmo acelerado, os hermanos começaram a refazer os cálculos para sobreviver a crise econômica. O preço do bife premium, por exemplo, disparou cerca de 73%, custando 14,5 mil pesos o quilo, ou 18 dólares. Se fosse adquirido em real, o quilo da carne passaria a custar R$ 87. Os motoristas também enfrentam dificuldades, já que a gasolina registrou um aumento de 60% no valor final.
Conforme a entrevista de um comerciante ao jornal O Globo, a caixa com 5 quilos de abobrinha está custando 15,6 mil pesos, ou seja, R$ 94. O porta-voz do governo Milei, Manuel Adorni, afirmou que a aceleração da inflação era inevitável. “Ficamos com uma infinidade de problemas e questões não resolvidas que precisamos começar a resolver.”
Em seu discurso de posse, o presidente argentino já havia alertado sobre a situação. “Prefiro dizer a verdade incômoda do que uma mentira confortável.” Uma das primeiras medidas de Milei foi o corte de subsídios concedidos aos consumidores, medida do governo anterior. O peso também foi desvalorizado 54% em relação ao dólar no mercado. Economistas argentinos disseram ao Globo, prever o aumento de até 80% nos valores de produtos até fevereiro de 2024.
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