Este mês tem mais de uma data importante no calendário. Há 49 anos, o mundo comemora o Dia Internacional da Mulher em 8 de março. Mas por quê?
Por que o dia 8 de março é o Dia Internacional da Mulher?
Apesar da luta das mulheres por direitos ter começado muito antes, inclusive com comícios e protestos, o Dia Internacional da Mulher é comemorado em 8 de março por conta das russas.
Isso porque em 1917 cerca de 90 mil trabalhadoras da Rússia usaram a data para protestar contra a guerra e a fome, além de pedir melhores condições de trabalho e de vida. Ele ficou conhecido como Pão e Paz.
Dia Internacional da Mulher e as russas
Em 1913, a data foi usada pela primeira vez pelas russas para protestar contra a I Guerra Mundial, no último domingo de fevereiro. Em outros lugares da Europa, nos próximos anos, as mulheres se juntaram em comícios também para expressar solidariedade por outros ativistas, sempre no dia 8 ou perto.
Porém, foi a greve Pão e Paz que fez com que o data fosse escolhida. Além de se opor à guerra, as operárias também se manifestaram contra o Czar Nicolau II.
O protesto foi, como sempre, no último domingo do segundo mês do ano e a data só caiu no dia 8 de março no calendário gregoriano. Quatro dias depois, o Czar abdicou e o governo provisório concedeu às mulheres o direito de voto.
Muito antes
Apesar de ter sido escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, a história da data começou em uma convenção pelos direitos das mulheres, em Nova York, Estados Unidos.
Em 1908, o primeiro Dia Nacional da Mulher foi instaurado no país norte-americano. O Partido Socialista da América designou que 28 de fevereiro seria comemorada a data, em homenagem às trabalhadoras do setor de vestuário, que protestaram contra as condições de trabalho.
Depois, foi a vez de Dinamarca escolher um dia para honrar o movimento pelos direitos das mulheres, em 1910, segundo a ONU.
Data diferente
A data já foi comemorada em 19 de março por países europeus e pelos EUA, para celebrar a revolução de 1848. Na ocasião, as mulheres pediram pelo direito de votar, de trabalhar, estudar para ter uma vocação e pelo fim da descriminação contra elas nos ambientes de serviço.
*Com informações da Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam) e ONU
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