IGREJA CATÓLICA

Pessoas trans podem ser batizadas e apadrinhar casamentos católicos? Confira o que diz o Vaticano

Perguntas foram feitas por dom José Negri, bispo de Santo Amaro, no Brasil

Publicado em: 10/11/2023 10:35
Última atualização: 18/12/2023 13:33

Sim, mas depende. Essa é a resposta do Vaticano. Pessoas transexuais podem ser batizadas, além de apadrinhar casamentos católicos. Também não é proibido o batismo de filhos de casais homossexuais.


Documento foi aprovado por Papa Francisco Foto: Freepik

O documento sugere, no entanto, que há "recomendações". Texto é do Dicastério para a Doutrina da Fé, assinado pelo prefeito Dom Victor Manuel Fernandéz, publicado nesta quinta-feira (9).  

Segundo o Vatican News, o documento foi aprovado pelo Papa Francisco, em 31 de outubro, e é composto a partir de perguntas feitas por dom José Negri, bispo de Santo Amaro, no Brasil.

Mas, afinal, pode ou não pode? Quais as condições? Confira abaixo:

Transexuais podem ser batizados e/ou padrinhos de casamentos católicos?

A resposta é sim, mas depende. Mesmo que uma pessoa tenha passado por tratamentos hormonais ou cirurgia de mudança de sexo, ela pode ser batizada. Porém, apenas se "não houver situações em que haja risco de gerar escândalo público ou desorientação entre os fiéis". Independente, o Papa Francisco já reforçou mais de uma vez que todos podem passar pelo batismo católico.

Agora, para apadrinhar casamentos, o documento afirma que não há proibições quanto a isso. Mas deve ser feito apenas "sob certas condições", não sendo um direito. Neste caso, fica a dever do julgamento do padre que recebe o pedido.

Filhos de casais homossexuais podem se batizar?

Sim, podem, independente se for adotada ou tenha vindo ao mundo através de outros métodos. É salientado, entretanto, que deve haver uma "esperança bem fundamentada de que ela será educada na religião católica".

Homossexuais podem ser padrinhos de batismo?

O texto dá a entender que não é recomendado, mas não expressa que seja proibido. Segundo ele, é possível, desde que o casal que for batizar outra pessoa não viva declaradamente como um casal. É sugerido, por fim, que é melhor ser feito por outros do "círculo familiar".

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