Uma mulher foi encontrada “derretida” em um sofá na casa dos pais após permanecer sentada no mesmo local por 12 anos, em Louisiana, Estados Unidos, em 2022. Neste mês, os pais foram julgados novamente na corte do estado e não contestaram a acusação de manslaughter, com os promotores pedindo 40 anos de prisão.
O que aconteceu com Lacey Ellen Fletcher
Lacey Ellen Fletcher, de 36 anos, morava com seus pais Sheila e Clay Fletcher em uma vila chamada Slaughter, em Louisiana, quando foi encontrada morta “derretida” em um sofá, em janeiro de 2022, segundo o portal NY Post.
Ela ficou sentada por 12 anos no local em cima de seus excrementos, criando um buraco no sofá, e estava coberta de larvas quando os policiais entraram na residência.
Ela tinha úlceras severas cobrindo partes do corpo que pareciam estar “podres até o osso”, de acordo com o promotor Sam D’Aquilla. Segundo ele, a mulher pesava cerca de 43 quilos e estava com Covid-19.
Lacey sofria de síndrome de encarceramento (locked-in syndrome), que consiste em um estado de tetraplegia e a perda da articulação da função cognitiva. Ou seja, ela havia perdido o movimento do tronco, braços e pernas, além de não conseguir falar.
A morte foi declarada um homicídio por um médico legista e a investigação levou os pais a serem presos. Entretanto, ambos pagaram a fiança de U$ 300 mil cada e foram soltos em cerca de 36 horas, segundo o Daily Mail.
Os pais
Durante a investigação, os pais de Lacey afirmaram que ela estava bem intelectualmente até o final e que ela havia desenvolvido síndrome de Aspenger. A mãe, que chamou a polícia no dia, afirmou que a viu viva às 22 horas e, quando acordou, ela estava morta.
O promotor pediu ao júri que Sheila e Clay Fletcher fossem condenados a homicídio em segundo grau, podendo pegar prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Homicídio em segundo grau é quando a morte não foi premeditada pelo acusado, mas houve intenção de infligir dor ou agir de forma imprudente, “sem preocupação com a vida humana ou com alto risco de morte” segundo o Instituto de Informação Legal da Faculdade de Direito Cornell.
Julgamentos
Houveram dois julgamentos, onde Sheila e Clay Fletcher foram indiciados por homicídio em segundo grau. Após cerca de 18 meses negando, o casal não contestou a acusação de manslaughter, quando não há a intenção de matar.
Eles poderão continuar livres pelo pagamento da fiança até dia 20 de fevereiro deste ano e então deverão se render, conforme ordenado pela juíza distrital Kathryn Jones.
O advogado Steven Moore afirmou que o casal estava “completamente arrependido” e que eles não eram criminosos.
*Com informações de New York Post e Daily Mail
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