A ossada de um idoso foi encontrada seis anos após sua morte dentro de um apartamento em Bolton, na Inglaterra. A vítima se trata de Robert Alton, um contador aposentado. A Policia britânica acredita que o homem tenha falecido em 2017, quando tinha 70 anos – no entanto, o fato passou despercebido até então.
Segundo o The Guardian, seu corpo foi encontrado somente após funcionários da habitação forçarem a entrada da residência para realizar uma verificação de segurança do gás, segundo um inquérito.
A morte de Alton passou despercebida tanto pelo responsável do local, que continuou a receber o aluguel automaticamente por meio do benefício habitacional, quanto por seu conselho local, que aparentemente não agiu em relação aos crescentes impostos atrasados da vítima.
As autoridades encontraram o que restou do corpo do idoso em março, quando conseguiram entrar no apartamento. Também descobriram uma pilha de correspondência fechada de meio metro de altura, comida com data de validade de 2017 e um par de óculos de leitura, colocado em um guia de TV de 4 de maio daquele ano.
O proprietário social de Alton, Bolton at Home, pediu desculpas, admitindo que perdeu oportunidades de detectar que algo estava errado. O conselho de Bolton disse que realizaria uma investigação interna para identificar se e como falhou.
Uma investigação policial concluiu que não havia circunstâncias suspeitas. No entanto, um inquérito realizado esta semana concluiu que não foi possível determinar a causa da morte.
O fato provoca o debate sobre como indivíduos podem morrer em suas residências e sair do radar sem que vizinhos, familiares, amigos ou órgãos públicos e prestadores de serviços públicos percebam ou tomem providências sobre os desaparecimentos.
Casos semelhantes
- Sheila Seleoane, uma ex-secretária médica, morreu em 2019 aos 61 anos. No entanto, seu corpo não foi descoberto até fevereiro de 2022, apesar das repetidas reclamações de seus vizinhos ao Peabody sobre o cheiro vindo de seu apartamento em Peckham, sul Londres.
- Laura Winham foi encontrada em seu apartamento em Surrey em maio de 2021, mais de três anos após sua morte. Winham, 38, sofria de problemas mentais graves e havia se afastado de sua família. Ela acusou as agências de assistência social de efetivamente abandoná-la.
Para a Polícia, isolamento social extremo parece ligar os três casos.
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