Minúsculos pedaços de plástico, com tamanho menor que 5 milímetros, estão enchendo não apenas os oceanos, mas se transportando pelo ar e chegando nos alimentos consumidos pela população. Os microplásticos estão em todo lugar e os cientistas estão tentando descobrir o que essa presença constante significa e quais as consequências.
Um estudo publicado no final de janeiro deste ano, tenta descobrir se há possíveis riscos à saúde por conta dos microplásticos no ar e quais as causas no clima da Terra. Constantemente movidas, essas partículas minúsculas podem ir para o oceano, mas não permanecem lá, acabando no solo, água e atmosfera.
Esfria ou esquenta
A primeira questão era sobre os microplásticos refletirem ou não a luz solar. Eles achavam que sim, “como pequenas bolas de disco”, aqueles globos espelhados populares nos anos 1970. Caso fizesse, ao refletir a luz de volta ao espaço, conseguiria um efeito de resfriamento da Terra.
Eles estavam certos: as fibras acabam refletindo a luz solar. Entretanto, podem também absorver a radiação emitida pela Terra, o que contribui para um efeito estufa, ainda que de forma leve, segundo a cientista Laura Revell, que participou do estudo* em questão.
A verdade é que a influência dos microplásticos no clima da Terra ainda é muito pequena, segundo o estudo, já que o efeito dominante é de resfriamento. A pesquisa concluiu também que os microplásticos inalados podem causar riscos para a saúde.
*Estudo ‘Suspended fine particulate matter (PM2.5), microplastics (MPs), and polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs) in air: Their possible relationships and health implications’
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