Espécies de plantas terão a nomenclatura modificada por usarem um termo racista. A decisão veio após uma votação feita por biólogos, botânicos e outros profissionais que estudam diversos países, durante o 20º Congresso Internacional de Botânica (IBC) 2024.
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Pela decisão, foram modificados 218 nomes de plantas e briófitas no mundo, 13 de algas e 70 de fungos, de acordo com a proposta, publicada em artigo na revista Taxon.
O congresso aconteceu em Madrid, entre 21 e 27 de junho deste ano, mas a votação foi poucos dias antes, entre 15 e 19. A mudança começou a valer a partir do final do evento.
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Termo
Os nomes possuem o termos que vem de ca[f][e]r, como cafra, caffra, cafrorum e cafrum. Eles foram substituídos por afra, afrorum e afrum. Entretanto, não com affra, conforme o Congress News, a revista sobre o encontro.
Ele vem do termo árabe que significa infidel em inglês, que pode ser traduzido como infiel e descrente no português.
Originalmente, a palavra era usada para se referir a não mulçumanos até começar a ser utilizada para escravos pretos africanos, de acordo com o G1.
O artigo afirma que, embora possam ter sido publicados inicialmente sem a intenção de ofender, “na sociedade atual, eles assumiram uma conotação decididamente negativa porque o substantivo do qual derivam é um insulto racial em línguas como o inglês, o africâner, o espanhol e o português”.
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Mudanças
As mudanças foram aceitas pelo Comitê Especial de Ética na Nomenclatura, criado para debater propostas que estavam surgindo sobre “questões culturalmente sensíveis”, conforme o Congress News. A decisão modifica o Código Internacional de Nomenclaturas para Algas, Fungos e Plantas.
Além disso, será criado um mecanismo para que os biólogos possam propor outras nomenclaturas que venham a ser depreciativas para grupos de pessoas, que diminuam a honra ou a estima delas. Entretanto, o congresso afirmou que isso só vai ser aplicado para novos nomes publicados a partir de 2026.
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