METEOROLOGIA

LA NIÑA: Saiba se o fenômeno que aumenta risco de estiagem pode retornar após pico do El Niño

MetSul explica que o La Niña deve começar mais tarde neste ano; entenda

Publicado em: 10/02/2024 18:24
Última atualização: 10/02/2024 18:35

Depois de meses sob o efeito do El Niño, que causou chuvas intensas no Sul do Brasil, aumenta a possibilidade de que o fenômeno La Niña retorne. Na região Sul do País, ele pode favorecer a diminuição da chuva e, como consequência, causar estiagem


LA NIÑA: Saiba se o fenômeno que aumenta risco de estiagem pode retornar após pico do El Niño Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini/Arquivo

Quando o La Niña vai começar em 2024?

A MetSul Meteorologia explica que o La Niña deve começar mais tarde neste ano, entre o inverno e a primavera, de acordo com dados da agência de tempo e clima do governo dos Estados Unidos, a NOAA (Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera, em português).

Quais são os efeitos do La Niña no Brasil?

No Sul, o fenômeno aumenta a possibilidade de estiagem e de frio. Já no Norte e no Nordeste provoca aumento da precipitação. Conforme a MetSul, o pico do El Niño foi atingido entre o último trimestre de 2023 e o começo de 2024. Ainda com aviso de El Niño vigente, a NOAA emitiu um alerta para La Niña, previsto para o segundo semestre de 2024.

Como será a transição do El Niño para o La Niña?

A estimativa da agência americana é de que o El Niño chegue ao fim e o Pacífico Equatorial evolua para uma condição de neutralidade no trimestre de abril a junho. Porém, entre junho e agosto, o Pacífico deve passar de neutralidade para La Niña. 

A MetSul destaca que a estimativa da NOAA mostra que haveria uma repetição do que aconteceu em 2023, mas com a inversão da ordem dos fenômenos. Isso porque, no ano passado, a transição foi de La Niña para El Niño e foi considerada muito rápida.

Meteorologistas apontam que, desde 1950, mais de metade dos eventos de El Niño foram seguidos pouco depois por uma transição para La Niña. Assim, não seria incomum ver o Oceano Pacífico Equatorial se comportar assim em 2024.

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