LA NIÑA: Fenômeno pode não ocorrer em 2024? Veja nova previsão dos meteorologistas

Os meteorologistas divulgaram nesta sexta-feira (22) novos dados sobre a probabilidade da formação do La Niña.

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Conforme a MetSul Meteorologia, a janela para a instalação do fenômeno fica menor a cada dia, o que indica, portanto, que a tendência é a manutenção das condições de neutralidade. "O mapa de anomalia de temperatura da superfície sobre o mar mostra uma 'língua' de águas mais frias do que a média na faixa equatorial do Oceano Pacífico, assinatura típica de eventos de La Niña, mas, até o momento, não foram preenchidos os requisitos para que a agência norte-americana declare um evento do fenômeno", explicam os meteorologistas.

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Como assim?

Nas últimas semanas, a anomalia média da superfície do mar na região designada para identificar esse tipo de fenômeno climático indicou patamar neutro, -0,25°C. Para que o La Niña seja declarado, é necessário que a temperatura média fique em menos de -0,5°C por várias semanas, o que não ocorreu até o momento.

Além deste dado, outros indicadores ainda não permitiram a declaração do fenômeno, como padrões de ventos alísios na região tropical e o comportamento da chuva na Indonésia, no Pacífico Oeste.

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Ainda de acordo com a MetSul, o boletim de novembro da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) reforçou que não há garantia da ocorrência de La Niña nos próximos meses, o que corrobora com o entendimento da empresa de meteorologia. "Caso ocorra, [o fenômeno] tende a ser fraco e no limite da faixa de neutralidade, além de muito breve."

Probabilidade

Entre o boletim do mês anterior e o de novembro, ocorreu uma mudança significativa nas probabilidades para o último trimestre do ano. No mês passado, a NOAA estimava 71% de probabilidade de La Niña entre outubro e dezembro, mas reduziu o valor para 57%, aumentando o de neutralidade de 29% para 43%. Contudo, manteve a estimativa acima de 70% para La Niña no trimestre de verão. 

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A MetSul informou ainda que, em publicação, a agência norte-americana destacou que "é muito tarde para a La Niña se formar" e que, em sua série histórica de 74 anos do Pacífico, somente dois episódios do fenômeno se formaram no último trimestre do ano.

A empresa de meteorologia brasileira considera cada vez mais duvidoso que o La Niña seja declarado, mas, caso isso aconteça, "a oficialização do começo do fenômeno se daria muito mais tardiamente do que o habitual, normalmente no inverno ou mais tarde no começo da primavera".