DOENÇA TERMINAL

JOHNSON & JOHNSON: Homem que usou talco desde criança vence batalha milionária por câncer raro

Em reais, quantia chega a aproximadamente R$ 90 milhões, mas paciente terminal pode demorar a receber a quantia; entenda

Publicado em: 20/07/2023 14:29
Última atualização: 17/10/2023 16:01

A Johnson & Johnson foi condenada a pagar US$ 18,8 milhões (aproximadamente R$ 90 mi) a um jovem que alega que o talco produzido pela marca foi o causador de um câncer raro que ele enfrenta. A vítima é um morador da Califórnia, nos Estados Unidos.

Johnson e Johnson Foto: MARIO TAMA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP / Arquivo

A decisão do júri do tribunal estadual de Oakland contra a gigante farmacêutica saiu na terça-feira (18), segundo o portal britânico Daily Mail.

Emory Hernandez Valadez, de 24 anos, sofre de um tipo raro de mesotelioma, um tumor do tecido que reveste os pulmões, o estômago, o coração e outros órgãos. Ele afirma que a forte exposição ao talco da Johnson & Johnson a longo prazo, desde a infância, foi o que ocasionou o desenvolvimento da doença, causada pela inalação de amianto tóxico.

O júri então decidiu que Valadez tinha direito a US$ 18,8 milhões em danos devido as contas médicas pagas para o tratamento da doença, além dos danos pela dor e sofrimento causado.

Um pedido de falência da empresa que congelou litígios pode fazer com que leve anos até o pagamento ser efetivamente pago, mas o juiz autorizou que o julgamento prosseguisse dada a doença terminal de Valadez, que faz com que ele tenha uma expectativa baixa de vida, conforme o Daily Mail.

O talco é um mineral extraído da terra, e a sua forma natural pode conter quantidades pequenas de amianto, uma fibra mineral natural que pode causar câncer se uma pessoa for exposta a ele de forma constante.

A Johnson & Johnson nega que seus produtos de talco sejam prejudiciais e sustenta que eles não contêm amianto cancerígeno. Em abril deste ano, a empresa disse que concordava em pagar US$ 8,9 bilhões para resolver todos os processos vinculados aos seus produtos em base de talco, na expectativa de resolver as demandas de mais de 60 mil pessoas.

Este foi o primeiro julgamento sobre os produtos que a empresa enfrenta em quase dois anos.

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