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TECNOLOGIA

Inteligência artificial ameaça extinguir a espécie humana se não for detida, diz relatório

Relatório sugere que seja criada uma comissão de supervisão de IA

Publicado em: 24/03/2024 às 16h:27 Última atualização: 24/03/2024 às 16h:28
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Um relatório encomendado pelo governo dos EUA alertou que a inteligência artificial (IA) pode estar se tornando um risco para a segurança nacional e que é necessário tomar providências rápidas para que a tecnologia não se torne uma “ameaça em nível de extinção para a espécie humana”.

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Concepção artística da inteligência artificial, área que entrou em alta ao longo de 2023 | abc+



Concepção artística da inteligência artificial, área que entrou em alta ao longo de 2023

Foto: Adobe Stock

De acordo com o relatório, o temor é que o desenvolvimento da IA esteja evoluindo para uma AGI – inteligência artificial geral, na sigla em inglês – uma tecnologia que poderia imitar perfeitamente o funcionamento de uma mente humana.

“A ascensão da IA avançada e da AGI tem o potencial de desestabilizar a segurança global de maneiras que lembram a introdução de armas nucleares”, afirmou o estudo realizado pela Gladstone AI a pedido do governo americano.

Para evitar danos à humanidade, o relatório sugere que seja criada uma comissão de supervisão de IA, que possa identificar e impor um limite que deixe claro até onde as empresas de tecnologia podem desenvolver seus produtos. Outra medida seria submeter o trabalho dessas empresas a uma espécie de supervisão do governo, para que apenas projetos aprovados pela comissão fossem levados adiante.

Ainda, o estudo afirma ser necessário que todas essas atitudes sejam tomadas de forma rápida e definitiva, para que a IA possa ser “controlada” antes de dados contra a humanidade se tornarem irreversíveis. Ele também afirma que essas medidas poderiam “moderar a dinâmica da corrida entre todos os desenvolvedores de IA”.

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O relatório, encomendado pelo governo dos EUA em 2022, levou um ano para ser produzido e reuniu, além dos estudos na área, entrevistas com engenheiros e cientistas de empresas importantes no cenário de IA, como DeepMind, do Google, OpenAI, Meta e Anthropic.

O termo “inteligência artificial geral” foi usado pela primeira vez pelo físico Mark Gubrud em 1997 em um artigo sobre nanotecnologia e segurança internacional, porém popularizado a partir de 2001 pelo especialistas em IA Shane Legg, cofundador do Google DeepMind, e Ben Goertzel, o cientista chefe por trás do robô Sofia. Conforme o desenvolvimento tecnológico avançou, o termo passou a ganhar notoriedade, deixando os ambientes acadêmicos e alcançando o jargão comercial, com a ascensão das IAs generativas.

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