Um incêndio florestal forçou cerca de 28 mil moradores a saírem de casa após se espalhar rapidamente, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos, na terça-feira (2). Na quarta-feira (3), o fogo ainda não tinha sido contido.
Aproximadamente 1.200 hectares foram devastados pelas chamas que atingiram a região, próxima à cidade de Oroville, enquanto o estado enfrenta uma onda de calor brutal e potencialmente histórica. As informações são do The Guardian.
Segundo o jornal britânico, mais de 1.400 bombeiros de todo o estado foram mobilizados para combater o incêndio, que estava em 0% de contenção na manhã desta quarta-feira.
Quatro bombeiros sofreram ferimentos leves, disseram as autoridades, que também confirmaram que pelo menos quatro estruturas foram destruídas. A causa do incêndio está sob investigação.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarou estado de emergência nesta quarta-feira, para garantir que recursos estejam prontamente disponíveis para dar suporte à resposta e à recuperação ao incêndio.
No dia anterior, Newsom anunciou que a Califórnia garantiu um subsídio de assistência para gerenciamento de incêndios da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema), para cobrir alguns dos custos associados ao combate a incêndios.
No início da semana, o governador também havia ativado o centro de operações do estado para coordenar a resposta a incêndios florestais e ao calor excessivo em toda a Califórnia.
Estado de alerta
De acordo com o The Guardian, o incêndio ocorreu quando a California já estava em alerta máximo para incêndios florestais, com altas temperaturas e ventos fortes exacerbando riscos das celebrações de 4 de julho, dia da independência dos EUA, quando o clima quente e seco se junta aos fogos de artifício.
Equipes de bombeiros combatem mais de uma dúzia de incêndios que começaram desde segunda-feira no estado, que se prepara para condições cada vez mais intensas.
O jornal destaca que, a partir desta quarta-feira (3), partes da Califórnia estarão sujeitas a níveis “extremos” de risco de calor – o nível mais alto no índice do Serviço Meteorológico Nacional dos EUA.
As condições extremas podem durar até domingo ou mais e, em algumas áreas, temperaturas extremas, com risco de morte, podem permanecer por mais de uma semana.
O cientista climático Dr. Daniel Swain destacou que será uma onda de calor severa, prolongada e potencialmente recorde, que pode ter grandes impactos no estado, diz o The Guardian. Pouco alívio pode ser esperado, mesmo depois que o sol se põe. “Simplesmente não vai esfriar – nem mesmo à noite”, disse Swain.
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