A agência espacial americana (Nasa) lançou, com sucesso, o poderoso foguete Space Launch System (SLS), da missão não tripulada Artemis I, rumo à Lua, em um salto considerado histórico para a astronomia. Após tentativas frustradas e com atraso, o lançamento ocorreu oficialmente a 1h47 (3h47 no horário de Brasília) desta quarta-feira (16), diretamente do Centro Espacial Kennedy, na Flórida (EUA).
Meio século depois da primeira ida do homem à Lua, no programa Apollo, a missão Artemis I pretende preparar o caminho da exploração lunar para o posterior embarque de astronautas.
Considerado o foguete mais poderoso construído pela Nasa, o SLS tem 98 metros de altura (mais alto que um prédio de 30 andares) e voa com a espaçonave Orion acoplada, além de três bonecos de teste a bordo.
A cobertura ao vivo de briefings e eventos relativos à missão é transmitida na Nasa Television, no aplicativo da Nasa e no site da agência.
We are going.
For the first time, the @NASA_SLS rocket and @NASA_Orion fly together. #Artemis I begins a new chapter in human lunar exploration. pic.twitter.com/vmC64Qgft9
— NASA (@NASA) November 16, 2022
Terceira tentativa
Esta é a terceira tentativa de lançamento da missão. A primeira, em 29 de agosto, foi adiada após a constatação de defeito em um sensor de temperatura. O outro adiamento foi em 4 de setembro, ao ser identificado um vazamento de hidrogênio líquido em uma interface entre o foguete e o lançador móvel. A Nasa chegou a cogitar um lançamento no dia 12. No entanto, problemas causados pelo Furacão Nicole em uma vedação – entre uma ogiva do sistema de aborto de lançamento e um adaptador do módulo da tripulação – fez com que a partida fosse novamente adiada antes mesmo de a contagem regressiva ser iniciada.
O programa prevê missões não tripuladas e tripuladas nos próximos anos. A iniciativa está sendo implementada em um período de grandes avanços na exploração do espaço, marcado pela descoberta de moléculas de água em solo lunar e por missões tecnológicas para o planeta Marte.
A primeira viagem não tripulada da Artemis I marca uma série de testes na órbita da Lua, tanto em relação aos equipamentos quanto à cápsula Orion, que deve levar até quatro astronautas na segunda etapa da missão, prevista para ocorrer até 2026. A missão pretende ampliar a atuação no sistema solar, de forma a construir uma base lunar permanente, sustentável e fazer com que a Lua seja um ponto de apoio para projetos em Marte.
O voo de volta à Lua, organizado pela Nasa em parceria com 21 países, entre os quais, o Brasil, representa o retorno ao satélite 50 anos após a última viagem tripulada, em 1972, com a Missão Apollo.
Veja como foi o lançamento:
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