Uma greve de pilotos da Aerolíneas Argentinas iniciada na sexta-feira (13) e com duração de 24 horas no Aeroparque Jorge Newbery, o mais próximo do centro de Buenos Aires, perturbou o tráfego aéreo argentino neste sábado (14).
Segundo o jornal La Nación, antes mesmo do fim do dia, 319 voos haviam sido cancelados, afetando diretamente 37 mil passageiros. Como funcionários da estatal de serviços de infraestrutura aeronáutica Intercargo também aderiram à greve, mesmo os voos de empresas menores, cujos pilotos estavam trabalhando, foram afetados. Parte dessas aéreas transferiram voos para o Aeroporto Internacional de Ezeiza, que seguiu operando.
Os grevistas reclamaram por um reajuste de 25%, maior que os 11% proposto pelo governo Javier Milei, que se mostra irredutível a esse respeito. Privatizada nos anos 1990, a Aerolíneas voltou à gestão estatal ainda em 2008.
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O movimento foi puxado pela Associação Pilotos de Linhas Aéreas (Apla) e pela Associação Argentina de Aeronavegantes (AAA). Na sexta, a Apla divulgou nota em suas redes sociais questionando a demissão de três pilotos grevistas pela Aerolíneas Argentinas.
“A empresa Aerolíneas Argentinas demitiu três pilotos da frota Embraer de maneira ilegal enquanto cumpriam uma medida de ação sindical legítima. A mesma consiste em negar-se a efetuar uma operação de devolução de uma aeronave EMB-190, como forma de reclamar um salário justo e de acordo com as responsabilidades a que se impõem. É um fato gravíssimo, que tem a clara intenção de provocar, ameaçar e amedrontar a quem exerce o direito de protesto”, diz a nota.
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A associação fala em abuso de autoridade e intimidação. “Eles começaram o caos e estão jogando irresponsavelmente um jogo que não tem volta atrás. Expõem os trabalhadores aos máximos níveis de estresse laboral dos quais serão as diretrizes da empresa e funcionários do governo diretamente responsáveis”, continua a entidade para, depois, afirmar que o conflito só terá fim quando os salários forem recompostos com os pilotos em seus empregos.
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