Mickey Barreto, 48 anos, gaúcho de Uruguaiana, permaneceu hospedado por cinco anos no New Yorker Hotel, no coração de Nova Iorque. O que pode parecer apenas uma situação curiosa por conta do tempo em um hotel, virou caso de Justiça.
Isso porque, ao dar entrada no hotel, em julho de 2018, Barreto pagou apenas 200,57 dólares, o equivalente a R$ 998,76 na conversão atual. Durante toda sua permanência, até julho de 2023, o brasileiro não desembolsou um centavo a mais.
Conforme o Estado de São Paulo, Barreto se mudou para os Estados Unidos na década de 1990. Até 2018, viveu em Los Angeles, quando resolveu se mudar para Nova Iorque e, durante o período em que buscava o novo lar, encontrou uma brecha na legislação estadunidense.
Que lei é essa?
A lei em questão foi aprovada em 1969 e ficou conhecida como “Lei de Estabilização de Aluguéis” e regulamentou as normas em toda a cidade de Nova Iorque. Segundo o Estadão, o hóspede poderia se tornar residente permanente desde que um desconto fosse solicitado.
Barreto tentou utilizar a lei a seu favor, no entanto, a solicitação de aluguel por seis meses foi recusada e o brasileiro despejado. Ele então buscou o Tribunal de Habitação da Cidade de Nova Iorque, defendendo ser residente permanente do hotel, ou seja, que o despejo havia sido ilegal.
Decisão favorável
O juiz do caso decidiu, ainda em 2018, que o pedido de Barreto era correto e concordou com seus argumentos. Conforme o NBC News, o gaúcho retornou ao hotel, retomando a posse do quarto.
Porém, durante o processo, o brasileiro teria cobrado aluguéis de outros hóspedes. Outra irregularidade seria o registro de documentos falsos para obter a propriedade do prédio.
O portal americano afirmou que, após deixar o hotel, Barreto passou a enfrentar acusações na Justiça, incluindo fraude. Atualmente, ele aguarda o julgamento em liberdade e pode até ser preso.
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