Um fenômeno meteorológico inédito está ganhando força e se movimentando em direção ao México, na América do Norte e à Jamaica, na América Central. Conforme a Metsul Meteorologia, o furacão Beryl atingiu a categoria máxima da escala Saffir-Simpson, que mede a força dos furacões.
A intensidade do Beryl, que vem sendo chamado de monstro do Caribe, é o evento climático mais precoce já registrado no Oceano Atlântico desde o início do NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA).
Conforme o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC), o Beryl é extremamente perigoso e ganhou mais força do que havia sido previsto inicialmente. Duas pessoas já morreram após o fenômeno tocar o solo, a primeira morte foi registrada em São Vicente e Granadinas. A segunda aconteceu em Granada. Ambos os países ficam no sudeste do Caribe.
O NHC explica que os ventos podem ultrapassar os 260 km/h. Países como Trinedad e Tobago, formado por ilhas, foi declarado estado de emergência e escolas estão fechados. O ministro de Relações Públicas de Barbados, também no Caribe, pediu que a população fique em locais seguros. “Não vá a lugar nenhum até receber luz verde.”
Fenômeno incomum
Ao portal meteorológico, especialistas afirma que a intensidade é incomum nesta época do ano, conhecida como a inicial da temporada de furacões. O risco é ainda maior por conta do calor no Oceano Atlântico, atualmente os níveis registrados no Caribe estão próximos ao catalogados em setembro.
O registro anterior de um furacão categoria 5 logo no começo da temporada, aconteceu em julho de 2005, portanto, há 21 anos.
De acordo com o NHC, caso o Beryl siga a trajetória prevista inicialmente, o fenômeno deve avançar primeiro para o Sul da Jamaica e depois para o litoral do México, no Estado de Quintana Roo, onde está localizado, por exemplo, o balneário de Cancún, tradicional destino turístico.
“Estamos aguardando, observando toda a trajetória”, afirmou o presidente mexicano, Andrés Manuel López à imprensa do país.
Segundo a Metsul, a temperada de furacões deve ser extremamente ativa em 2024, levando em conta o superaquecimento do Oceano Atlântico e a tendência do La Niña atingir o hemisfério norte de maneira tardia.
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