I'M A STAR!

Explosão de estrela poderá ser vista a olho nu por semanas ainda em 2024; saiba quando

Entenda o que é e como ver o fenômeno raro, que aconteceu pela última vez há 80 anos

Publicado em: 10/04/2024 15:22
Última atualização: 10/04/2024 15:30

O ano de 2024 parece estar realmente querendo agradar os amantes da astronomia e os observadores do espaço. Em um novo fenômeno, um sistema estelar terá uma estrela anã branca expulsando todos os materiais que a constituem de forma espetacularizada: em uma explosão que poderá ser vista pelos olhos do mundo.


O sistema estelar T Coronae Borealis é formado por uma estrela anã branca e uma gigante vermelha Foto: NASA’s Goddard Space Flight Center/Reprodução

Há 3 mil anos-luz de distância da Terra, o sistema estelar T Coronae Borealis, ou T CrB, poderá visto novamente, após explodir pela última vez há quase 80 anos, em 1946. Os astrônomos acreditam: ele vai explodir até setembro de 2024.

Até então, o mundo já foi agraciado com a visão de um eclipse lunar e um raríssimo solar total, que transformou o dia em noite nesta segunda-feira (8). Agora, é a vez da estrela gritar para o universo como Pearl e Maxine durante a trilogia de filmes X: I'M A STAR!.

Mas estrelas podem explodir mais de uma vez?

Sim! As estrelas podem explodir mais de uma vez e o processo se chama nova.

Ele acontece quando um sistema estelar binário tem duas estrelas próximas: uma anã branca e uma gigante vermelha. Na verdade, elas estão tão perto uma da outra que, quando a gigante fica instável, a anã explode.

Explicando em mais detalhes, a gigante fica instável pelo aumento da temperatura e pressão, e acaba "cuspindo" as camadas exteriores.

A anã então coleta a matéria da superfície até que a própria atmosfera, que é densa e rasa, esquenta o suficiente para causar uma reação termonuclear descontrolada, produzindo as novas que podem ser vistas da Terra.

Por que podemos ver a explosão

O sistema tem uma magnitude de +10, que é escura para conseguir ser vista a olho nu. Porém, durante o evento, ela vai pular para +2. Essa é similar à Estrela Polar, ou Polaris, conhecida por ter um brilho considerado "dramático".

E não para por aí: ela ficará visível a olho nu por dias durante o pico, e poderá ser vista cerca de mais de uma semana com a ajuda de binóculos, até que o brilho diminua novamente. E então, é provável que aconteça novamente só daqui 80 anos.

Ela irá acontecer na constelação Corona Borealis, que parece um arco próximo a de Hércules e Boieiro (ou Boötes). É ali que uma estrela "nova" aparecerá, antes de voltar ao escuro.

Conheça as constelações:


Constelação Corona Borealis, que parece um arco, próxima das Hércules e Boieiro Foto: NASA/Divulgação

*Com informações do blog Watch the Skies, da Nasa

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