A verdade pode estar lá fora, mas não é fácil entendê-la. Um dos maiores mistérios de todos os tempos é se existe vida fora da Terra. Acreditando ou não, todos os anos a procura pelos aliens continua a ganhar novos projetos. Um livro lançado em 2023 procura mostrar como os estudos sobre extraterrestres evoluiu durante os anos.
Ao longo dos anos, a discussão sobre objetos voadores não identificados passou de piadas e filmes de ficção científica para as audiências no Congresso. UFO: The Inside Story of the U.S. Government?s Search for Alien Life Here – and Out There (algo como Ovni: a história da busca do governo americano por vida alienígena aqui e lá fora), de Garrett M. Graff, é o guia perfeito para leitores que querem saber como essa discussão evoluiu.
Graff apresenta uma visão cuidadosa, embasada e objetiva da história dos avistamentos de Ovnis e da pesquisa sobre a possibilidade de vida extraterrestre nos últimos 75 anos.
É uma narrativa tão convincente quanto outras obras de Graff, como sua história sobre Watergate. A história bem pesquisada traça as formas como o governo vem tentando abordar as questões levantadas por avistamentos de Ovnis – ou, como agora são conhecidos, “fenômenos aéreos não identificados” – que remontam aos anos 1940. “Não é que o governo saiba algo que não queira nos contar”, escreve Graff no início do livro. “É que não se sente confortável em dizer que não sabe nada.”
SAGAN
Graff traça o perfil de um amplo elenco de personagens que tiveram um papel importante na busca por vida alienígena ao longo dos anos, de ufólogos amadores ao famoso astrônomo Carl Sagan e o vocalista do Blink-182, Tom DeLonge. Todos eles enfrentam fraudes e o ceticismo público e tentam superar aquela questão persistente, proposta pela primeira vez pelo físico Enrico Fermi: se a vida extraterrestre é predominante, por que não a vemos?
Graff destaca os avanços da ciência na tentativa de responder a essa pergunta. O livro mostra como as atitudes em relação aos Ovnis mudaram ao longo dos anos, não apenas por parte dos cientistas e do governo, mas também na cultura popular. Essas mudanças de atitude trouxeram maior abertura na discussão dos avistamentos e implicações para a segurança nacional de não saber o que poderiam ser.
É improvável que Graff converta os céticos mais resolutos, mas talvez ele possa pelo menos convencê-los a manter a mente aberta na próxima vez que lerem sobre Ovnis.
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