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Enfermeira serial killer de bebês é condenada à 15ª prisão perpétua

Sentença veio após enfermeira ser condenada por tentativa de assassinato de recém-nascido com apenas 90 minutos de vida

Publicado em: 05/07/2024 às 14h:13 Última atualização: 05/07/2024 às 14h:14
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A ex-enfermeira britânica Lucy Letby foi condenada a 15ª sentença de prisão perpétua, após ser condenada por mais uma tentativa de assassinato de um recém-nascido prematuro, de apenas 90 minutos de vida. Os assassinatos aconteceram no Reino Unido.

Ex-enfermeira britânica Lucy Letby foi condenada a 15ª sentença de prisão perpétua | abc+



Ex-enfermeira britânica Lucy Letby foi condenada a 15ª sentença de prisão perpétua

Foto: BBC News/Reprodução

Ela foi condenada pela tentativa de homicídio na terça-feira (2) e a sentença foi proferida pelo tribunal de Manchester, na Inglaterra, nesta sexta-feira (5).

Letby já cumpre 14 penas de prisão perpétua após ser condenada no ano passado pelo assassinato de sete bebês e pela tentativa de assassinato de outros seis no hospital Countess of Chester, entre junho de 2015 e junho de 2016. As informações são do The Guardian.

Enfermeira tentou assassinar bebê adulterando tubo de respiração

De acordo com o jornal britânico, a criança conhecida como “Bebê K” nasceu 15 semanas prematura em 17 de fevereiro de 2016 e pesava apenas 692 gramas. 

A ex-enfermeira neonatal, de 34 anos, teria adulterado seu tubo de respiração, fazendo com que os níveis de oxigênio no sangue da criança despencassem, situação com alto nível de risco de vida. O bebê morreu três dias depois.

Letby foi inicialmente acusada de assassinato, mas os promotores decidiram que não havia evidências suficientes. Ela então enfrentou um novo julgamento de três semanas pela acusação de tentativa de homicídio, que ela negou.

O júri, no julgamento original, não conseguiu chegar a um veredicto no ano passado, destaca o jornal britânico.

A promotoria afirmou que a ex-enfermeira tentou matar o bebê cerca de 90 minutos após o nascimento e foi pega praticamente em flagrante, quando um médico a encontrou sozinha ao lado da incubadora depois que ela mexeu no tubo de respiração.

Ela teria mexido mais duas vezes no tubo nas horas seguintes, tentando convencer que o bebê, sedado com morfina, é que havia se desconectado sozinho. Letby não fez nada para ajudar a criança enquanto ela lutava por sua vida e o alarme no monitor do bebê também não tocou, diz o The Guardian.

Nessa época, Letby já havia assassinado cinco bebês e tentado assassinar outros três. Médicos experientes relacionaram a ex-enfermeira a uma série de incidentes inexplicáveis. Entretanto, ela permaneceu na unidade neonatal por mais cinco meses, fazendo mais duas vítimas, dois irmãos que eram trigêmeos, injetando ar em seus estômagos.

Em seu depoimento, Letby, que em maio teve a permissão negada para recorrer das condenações do ano passado, disse que nunca havia feito mal a nenhum bebê e afirmou ser inocente. A ré também afirmou que não tinha nenhuma lembrança do Bebê K, apenas que havia nascido prematuro, e que não conseguia se lembrar do dia do ocorrido.

Outras investigações

O jornal britânico aponta que há outras investigações envolvendo Letby. Em uma, detetives analisam registros de cerca de 4 mil bebês cuidados por ela durante o período em que atuou como enfermeira infantil no Liverpool Women’s Hospital e no Countess of Chester.

A polícia de Cheshire iniciou uma investigação sobre possível homicídio corporativo e está examinando a tomada de decisões da alta liderança no momento das mortes.

Ainda, um inquérito público liderado pela juíza Kathryn Thirlwall também começará em setembro para investigar como Letby conseguiu continuar trabalhando com bebês, apesar de preocupações de médicos sobre vários incidentes suspeitos.

*Com Redação ABC+

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