Até 2030, as inundações características do El Niño serão comuns fora do período de ação do fenômeno. É o que afirma um time da Nasa que analisa as mudanças nos níveis do mar (N-SLCT). Ele é caracterizado por níveis mais altos que o normal, junto a temperaturas do oceano mais quentes que a média, nas águas do Pacífico Equatorial. No Brasil, aumenta o risco de chuvas intensas e enchentes no Sul, secas na região Norte e temperaturas extremamente altas no Centro.
Se um poderoso El Niño se formar durante o verão, as cidades costeiras das Américas terão um aumento na frequência de inundações, segundo os cientistas. A questão é: o fenômeno já está no patamar de Super El Niño, desde segunda-feira (27). No entanto, isso não significa que os efeitos serão mais extremos, de acordo com a MetSul Meteorologia.
10-year floods
Nos Estados Unidos, o fenômeno pode causar as chamadas 10-year floods, ou “inundações de 10 anos”, em cidades como Seattle e San Diego, assim como no Equador. Comuns durante o fenômeno, elas são as que tem 10%, ou 1 em 10, chances de acontecer. As 10-year floods resultam em alagamentos moderados, como classifica a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), com a possibilidade de evacuação de pessoas que possam estar em risco.
Em 2030, durante os anos em que o El Niño estiver forte, cidades da costa oeste das Américas podem ter até dez desses eventos e, em 2050, o número pode quadruplicar.
Mudanças climáticas
As mudanças climáticas já estão modificando a linha do nível do mar ao longo das costas de todo o mundo, segundo o pesquisador do Laboratório Jet Propulsion e líder do N-SLCT, Ben Hamlington.
O nível do mar está aumentando por uma série de questões, como o aquecimento global, o aumento na temperatura da atmosfera e oceano da Terra e derretimento das geleiras, junto ao El Niño. De acordo com os pesquisadores, isso também influencia na quantidade de inundações experenciadas pelas cidades durante o ano.
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