Por 11 anos, Sarah Ingram sofreu o luto por seu gato, o Biff. Em uma manhã, o animal saiu de casa e não voltou mais. Quando já havia aceitado que seu lindo gato só poderia estar morto, recebeu um telefonema do pet detetive que havia contratado: ele estava vivo. Apesar de muito feliz, a informação não acabava aí. “Quando Biff desapareceu em uma manhã, eu assumi que ele tinha sido atropelado”, contou a tutora ao The Guardian.
Foto: @wirestock/Freepik
O gato rajado de olhos verdes desapareceu em 2011, quando Ingram se mudou de Londres para Gloucester, no sudoeste da Inglaterra. Em uma manhã comum, ele saiu de casa, como costumava fazer. Porém, nunca mais voltou.
Ela o procurou pela cidade durante anos. Enquanto vasculhava pelas ruas, a inglesa afirmou tentar se comunicar com os felinos. “Por vezes, eu me agachava no chão e perguntava para os gatos se haviam visto ele, e obviamente não tinha resposta”, disse ela ao portal.
Depois de um tempo, ela entrou em estado de luto por Biff, imaginando que ele só poderia ter sido atropelado. Mais de dez anos depois, Ingram recebeu uma ligação do pet detetive.
Ele sabia o paradeiro de Biff. Tudo estaria ótimo e eles logo poderiam se encontrar novamente, se não fosse uma pequena mudança: ele estava há 11 anos vivendo como Fernando, com um homem chamado Robin e tinha uma irmã, a gata Coco. “Na verdade, ele [Biff] estava vivendo sua melhor vida com um nome falso.”
Ingram conseguiu falar no telefone com o “homem de enorme coração” que nunca quis ter animais, mas que acabou se encontrando com o gato rajado no jardim de sua casa. Desde então, eles se tornaram uma família, e Robin adotou Coco para fazer companhia ao agora Fernando.
O gato também atuava como gerente do escritório do novo dono. Foi lá que ele e sua antiga tutora se reencontraram. Ingram levou seus filhos, que nasceram depois de seu sumiço, e eles fizeram até camisetas. Ela pode, depois de 11 anos, abraçá-lo novamente, mas decidiu deixar Biff (ou Fernando) sob os cuidados de Robin.
“Eles dizem que gatos tem nove vidas, ninguém me avisou que eu sofreria por todas”, disse a inglesa, pois, alguns meses depois, recebeu uma mensagem de texto que marcava o início de mais um período de sofrimento. Biff havia falecido e ela viveu o luto pela última vez, com a certeza de que ele havia aproveitado o melhor de seus dois lares.
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