O cometa denominado C/2024 G3 (Atlas) já está visível no Hemisfério Sul desde o começo de janeiro, mas atingirá o periélio (menor distância ao Sol) na próxima semana. O fenômeno rasante ao Sol de período muito longo foi descoberto no dia 5 de abril do ano passado através da observação por um telescópio em Rio Hurtado, no Chile, dentro do programa Asteroid Terrestrial-Impact Last Alert System (Atlas).
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O cometa, de acordo o astrônomo e professor Luiz Augusto L. da Silva, da Rede Omega Centauri, atingirá o periélio em 13 de janeiro, quando estará mais próximo da Terra – em uma distância de 104,4 milhões de quilômetros. A distância mínima que o fenômeno alcançará do Sol será apenas 13,5 milhões, “o que vai modificar a sua órbita altamente excêntrica”.
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“A grande proximidade ao Astro-Rei implicará em um alto brilho ao redor da data do periélio, tornando este cometa o mais brilhante a ser visível em 2025, a menos que seja descoberto mais algum com condições de superá-lo ao longo do ano que recém está começando”, explica o astrônomo.
Ainda segundo ele, as estimativas para a magnitude máxima do fenômeno são incertas, mas oscilam desde +0.6 até -4.5, o que se compara ao planeta Vênus, “embora numa elongação solar [afastamento da posição do Sol] muito pequena, apenas 5 graus, o que equivale a dez vezes o diâmetro solar aparente”.
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Em um cenário otimista, cometa será visto à luz do dia
O cometa já havia sido observado pelo astrônomo catarinense Alexandre Amorim na madrugada do dia 3 de janeiro com um brilho de segunda magnitude, o que salienta que a evolução do brilho deve ficar acima das expectativas. Se as perspectivas dos especialistas se confirmarem, o fenômeno poderá ser visto em plena luz do dia. No entanto, não é recomendado olhar diretamente para o Sol em função do risco de lesões oftálmicas graves e irreversíveis.
“Também existe o risco de o núcleo do cometa se desintegrar, devido as condições físicas extremas que vai enfrentar tão próximo ao Astro-Rei”, explica Silva.
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Até quando o cometa C/2024 G3 poderá ser visto?
O astrônomo indica que o melhor período para visualizar o cometa é entre os dias 10 e 20 de janeiro, quando o fenômeno atravessará a constelação de Sagitário, a leste, antes do nascer do Sol.
Contudo, o especialista enfatiza que a observação por parte do público em geral não será fácil em função da variação do brilho ser muito rápida e a proximidade ao Sol muito grande, o que vai dificultar a visualização mesmo para os que dispõem de um horizonte leste livre, como é o caso da região litorânea.
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