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CALOR RECORDE

Com registro de temperatura acima de 52°C, julho deste ano foi o mês mais quente do planeta

Em relação a julho de 2019, que carregava o recorde mensal até então, o sétimo mês deste ano teve, na média, 0,3°C a mais. Segundo a MetSul Meteorologia, esse foi o "mês mais quente entre todos do calendário desde o começo dos registros"

Stefany de Jesus Rocha
Publicado em: 08/08/2023 às 16h:30 Última atualização: 16/11/2023 às 17h:26
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O Sistema Copernicus, consórcio ambiental da União Europeia, confirmou nesta terça-feira (8) que este mês de julho foi o mais quente já registrado no planeta. De acordo com a MetSul Meteorologia, o último mês terminou 0,72°C mais quente que a média registrada nos meses de julho de 1991 a 2020.

Em relação a julho de 2019, o mais quente até então, o sétimo mês deste ano teve, na média, 0,3°C a mais. Além disso, a estimativa é que julho de 2023 tenha sido cerca de 1,5°C mais quente que a média mensal de 1850 a 1900.

“Foi ainda o mês mais quente entre todos do calendário desde o começo dos registros”, afirmam os especialistas da MetSul.

Julho foi o mês mais quente registrado no planeta | Jornal NH



Julho foi o mês mais quente registrado no planeta

Foto: Arquivo/GES

Registros altos

Durante o mês, alguns recordes de temperatura foram estabelecidos e outros ficaram perto de serem quebrados. Em Sardenha, no Sul da Itália, os termômetros chegaram a registrar 48°C e em Palermo, na Sicília, o calor chegou a 47°C. Na Grécia, o pico foi 46°C. O Norte e o Centro da África também foram, de modo geral, mais quentes que a média. A Organização Meteorológica Mundial relatou que na Argélia e na Tunísia foram registradas temperaturas máximas diárias de até 49°C. Já a China registrou sua temperatura mais alta já medida: 52,2°C.

 Com ondas de calor prolongadas no Sudoeste dos Estados Unidos e no Norte do Canadá, recordes históricos de temperaturas superiores a 37°C foram registrados perto do Círculo Polar ártico em dois locais dos Territórios do Noroeste Canadense. O calor atingiu também a Groelândia, onde a extensão estimada do derretimento do gelo superficial foi alta. 

Temperaturas muito acima da média também foram registradas em diversos países da América do Sul e em grande parte da Antártida. No Norte do Chile, na Argentina, no Uruguai e no Sul do Brasil, as temperaturas do inverno também ficaram bastante acima da média.

Ao mesmo tempo, as condições do El Niño continuaram a se desenvolver no Pacífico Equatorial Oriental, o que fez com que as temperaturas oceânicas também ficassem bastante acima da média várias regiões. De modo geral, as temperaturas do ar estiveram acima da média em grandes partes sobre oceanos, que associaram também a temperaturas recordes da superfície do mar. Assim, temperaturas marinhas significativamente altas foram observadas, especialmente, em boa parte do Atlântico Norte.

Fora da curva para este mês de julho

“Temperaturas abaixo da média ocorreram em apenas pequena fração da superfície terrestre e ficaram em grande parte dentro de 1°C da média. A massa de terra antártica foi a principal exceção, com uma mistura de temperaturas muito acima e abaixo da média, como costuma acontecer no inverno na região”, afirma o portal de notícias de meteorologia. Segundo os especialistas, as temperaturas ficaram abaixo da média no Sul da América do Sul, no Oeste da Austrália, no Sudoeste da península mexicana de Baja California, no Nordeste da Islândia e, em menor grau, em outras regiões.

Mais calor?

De acordo com a MetSul, de janeiro até julho, a média global para 2023 é a terceira mais alta já registrada, com 0,43°C a mais em relação a 1991-2020, seguida do 0,49°C em 2016 e do 0,48°C em 2020. “Espera-se que a diferença entre 2023 e 2016 diminua nos próximos meses, já que os últimos meses de 2016 foram relativamente frios (reduzindo a média anual para 0,44°C), enquanto o restante de 2023 deve ser relativamente quente, já que o El Niño se fortalece”, explica o portal.

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