abc+

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Brasileiros barrados na Argentina? Apesar de acordo entre países, turistas têm encontrado dificuldades

Autoridades têm alegado "falso turismo" para não permitir entrada de brasileiros no país

Juliano Piasentin
Publicado em: 23/02/2024 às 13h:51 Última atualização: 23/02/2024 às 13h:52
Publicidade

Após décadas com poucas restrições para a entrada de estrangeiros na Argentina, no entanto, desde que Javier Milei assumiu a presidência, os ventos passaram a ir em outra direção. Nas últimas semanas muitos brasileiros estão sendo barrados no país vizinho. Conforme o Portal Uol, a alegação é de que seriam “falsos turistas.”

Centro Histórico de Buenos Aires | abc+



Centro Histórico de Buenos Aires

Foto: Juliano Piasentin/ GES-Especial

De acordo com o Uol, Brasil e Argentina possuem desde 2004 um acordo bilateral que permite aos cidadãos dos dois países um “status especial” e o direito a permanecer em solo estrangeiro por até 90 dias. Em caso de necessidade a estadia pode ser prorrogada por mais 90 dias, dando o direto do cidadão iniciar os trâmites para fixar residência. O Itamaraty divulgou que em 2022 ao menos 10 mil brasileiros estudavam na Argentina.

Uma das justificativas das autoridades argentinas é a necessidade de uma passagem de volta. A empresa aérea Gol comunicou que desde dezembro de 2023, portanto após a posse de Milei, há cobrança de passagens de ida e volta para entrar no país.

Segundo juristas ouvidos pelo Uol, a justificativa do falso turista é ilegal, já que desde 2009 um acordo assinado pelos membros do Mercosul autoriza a presença provisória por 90 dias nos países do bloco.

O que diz o governo argentino?

O governo da Argentina comunicou ao Uol que os estrangeiros que desejam entrar no país devem apresentar a documentação necessária, incluindo a passagem de volta. Podendo ser perguntados sobre hospedagem ou como vão cobrir os gastos da estadia.

A assessoria do Ministério do Interior da Argentina, responsável pelo setor de imigração, não comentou sobre o acordo bilateral entre os países. O órgão também reiterou que os brasileiros não foram deportados, mas proibidos de entrar no país. O Ministério não respondeu sobre os estudantes estrangeiros.

Publicidade

Matérias Relacionadas

Publicidade
Publicidade