O envelhecimento pode não ser um processo tão linear quanto se imaginava. Um novo estudo afirma que, na verdade, os humanos não acabam ficando mais velhos ao longo do tempo, mas passam por um pico ao atingir duas idades específicas.
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Publicado nesta quarta-feira (14) na revista científica Nature Aging, a pesquisa Nonlinear dynamics of multi-omics profiles during human aging analisou moléculas distintas dos humanos, como , para entender o processo de envelhecimento.
E o resultado mostra que os humanos não passam por um envelhecimento linear, se consideradas todas as mudanças moleculares. Na verdade, existem dois picos, aproximadamente aos 45 e aos 60 anos. E cada uma das idades marca uma mudança específica em diferentes funcionalidades do corpo.
Na transição dos 40 anos, por exemplo, há um maior risco para as doenças cardiovasculares, além de alterações no metabolismo de lipídios e álcool. Já nos 60, a regulação imunológica e o metabolismo de carboidratos sofrem modificações.
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Para chegar aos resultados, foram estudados 108 participantes do estado de Califórnia, nos Estados Unidos, nas idades de 25 e 75 anos, por uma média de 1.7 anos e um dos candidatos chegando a quase 7 (6.8). Dos participantes, 51% eram mulheres.
Foram analisadas 5.408 amostras de moléculas transcriptômica, proteômica, metabolômica, citocinas, testes de laboratório clínico, lipidômica, microbioma fecal, microbioma da pele, microbioma oral e nasal dos candidatos.
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Menopausa e envelhecimento
Os pesquisadores também levaram em consideração que, entre os 45 e os 55 anos, as mulheres passam pelo climatério e a menopausa. Eles decidiram estudar de forma mais aprofundada se a condição poderia influenciar no pico de envelhecimento do sexo feminino.
“Surpreendentemente, todos os conjuntos de dados masculino quanto feminino exibiram grupos semelhantes”, explica o estudo. Ou seja, isso indica que os picos de transição que ocorrem aos 55 anos não são referentes somente à menopausa em si, mas é um fenômeno comum no processo de envelhecimento de ambos os sexos.
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Agora, mais estudos precisam ser feitos para entender mais sobre os picos de envelhecimento e como eles aumentam os riscos de doenças, além de compreender as mudanças nas moléculas, entre outros pontos.
Fonte: Nature aging.
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