Quanto tempo falta para que o mundo acabe? De acordo com o Relógio do Juízo Final, a resposta é: 90 segundos.
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“Tendências ameaçadoras continuam a apontar para a catástrofe global”, diz o Conselho de Ciência e Segurança, da revista Bulletin dos Cientistas Atômicos. O relógio não para e o tempo que o planeta ainda tem de vida é escasso. Em 2012, tínhamos 5 minutos para a meia noite. O que virou 3 minutos em 2015, seguido de 2 e meio em 2017, chegando a 2 em 2018.
No ano em que a pandemia do coronavírus se alastrou pelo mundo, em 2020, o relógio chegou a 100 segundos, diminuindo para 90 em 2023 e, o que parece uma pequena vitória mesmo não sendo, ficando estável neste ano.
Mas o que isso significa?
O relógio não conta o tempo exato para – literalmente – o fim do mundo. Na verdade, é uma metáfora que tenta mostrar o que está levando a humanidade ao final e o que é necessário ser feito para que os ponteiros se afastem cada vez mais de meia noite, quando a catástrofe global terá alcançado a todos.
O que está fazendo com que falte tão pouco tempo?
Para começar, são muitos os fatores que fizeram com que o relógio ficasse tão próximo de meia noite.
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia e a deterioração do acordo de redução de armas nucleares, a crise climática que levou 2023 a ser o ano mais quente de todos, a sofisticação das tecnologias de engenharia genética, e o avanço dramático da IA generativa, “que poderá ampliar a desinformação e corromper o ambiente de informação global, tornando mais difícil a resolução dos maiores desafios existenciais”, segundo o jornal.
Como voltar os ponteiros?
A Bulletin acredita que o primeiro passo depende de três dos maiores poderes do mundo: Estados Unidos, China e Rússia, que deveriam dialogar sobre as ameaças. “Os três países devem assumir a responsabilidade dos perigos existentes que o mundo encara agora”, afirma.
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