Após uma fala que compara as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto Nazista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se tornou “persona non grata” no país do Oriente Médio. Segundo a Folha de São Paulo, o comunicado foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores do governo de Benjamin Netanyahu.
O chanceler Israel Katz afirmou que o presidente brasileiro permanecerá com o título até que retire o que disse. “Não esqueceremos nem perdoaremos.” O ministro israelense chamou a fala de Lula de “ataque antissemita.”
Conforme o The Time Of Israel, Katz reforçou que o comparativo não poderia existir. “A comparação entre a guerra de Israel contra o Hamas e as atrocidades de Hitler e dos nazistas é uma vergonha.”
O que disse Lula?
Em seu último compromisso no continente africano, na Etiópia, Lula criticou os países que interromperam o apoio financeiro à Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos. O presidente afirmou que o que acontece na Faixa de Gaza não é uma guerra, mas um genocídio.
“Sabe o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus. Então, como é possível que a gente possa colocar um tema tão pequeno, sabe? Você deixar de ter ajuda humanitária? O Brasil condenou o Hamas, mas o Brasil não pode deixar de condenar o que o Exército de Israel está fazendo na Faixa de Gaza”, reiterou.
Conforme o Ministério da Saúde do Hamas, mais de 28 mil pessoas já morreram em Gaza desde o início dos ataques de Israel. O confronto foi retomado após um ataque terrorista do Hamas que deixou 1,2 mil pessoas mortas em Israel e sequestrou outras 242.
O que significa o termo “persona non grata”
O termo “persona non grata” vem do latim e significa “pessoa indesejada”, se referindo à prática de um Estado proibir um diplomata, ou, neste caso, um chefe de Estado, de entrar no país em viagens oficiais. Além de Lula, Israel também declarou a italiana Francesca Albanese, relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU).
Francesca é uma das vozes mais ativas na ONU contra as operações do Exército de Israel em Gaza.
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