O El Niño se intensificou nos últimos dias e se aproxima do patamar de Super El Niño, que não é registrado desde 2015. Os efeitos do fenômeno são a seca severa na Amazônia, calor extremo no Sudeste e no Centro-Oeste e chuva volumosa no Sul do Brasil.
Foto: NOOA/Reprodução
Segundo a MetSul Meteorologia, é esperado um aquecimento oceânico ainda maior no decorrer das próximas semanas. A região do Pacífico Equatorial usada para a classificação de El Niño apresenta nesta semana as maiores anomalias de temperatura da superfície do mar desde o Super El Niño de oito anos atrás.
O último boletim semanal do estado do Pacífico da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), agência de tempo e clima do governo dos Estados Unidos, indica que a temperatura da superfície do mar era de 1,8°C na região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Central.
O valor positivo de 1,8°C está na faixa de El Niño forte (+1,5°C a +1,9°C). Essa foi a maior anomalia semanal observada desde o começo do evento atual.
Conforme a MetSul, esse foi o valor semanal mais alta informado pela NOAA desde a semana de 9 de março de 2016.
Até quando o El Niño vai durar?
A MetSul estima que o El Niño siga influenciando o clima nos próximos meses com mais extremos pelo Brasil. Ao menos até o começo ou o meio do outono de 2024 são esperadas condições de fase quente do Oceano Pacífico Equatorial. O pico de intensidade do El Niño é previsto entre novembro e dezembro deste ano.
O fenômeno trará chuva com volumes muito acima da média para os próximos meses ainda no Sul do País e acumulados acima do normal em parte do Centro-Oeste e do Sudeste nas próximas semanas.
LEIA TAMBÉM
- Categorias
- Tags