Os carros usados estão em ritmo de desvalorização no Brasil nesta reta final do ano. É o que revela levantamento inédito do Webmotors, um dos principais portais de negócios do setor no País. Uma redução menor é percebida também no preço dos carros novos.
O chamado Índice Webmotors, que acompanha as variações percentuais nos preços dos automóveis listados no marketplace, mostra que entre janeiro e outubro deste ano o valor dos usados teve queda média de 3,34%. No caso dos carros novos, a desvalorização é de 0,31% no período.
Na análise mensal, o indicador mostra uma diminuição de 0,43% no valor médio dos veículos usados anunciados no marketplace em outubro na comparação com o mês anterior. Já em relação a outubro de 2023, houve uma variação positiva de 0,37%.
Os dados da Webmotors revelam ainda um recuo de 0,09% na precificação dos modelos zero-quilômetro em outubro ante setembro deste ano, e uma queda de 0,21% sobre o mesmo período do ano passado.
“No geral, a leve queda nos preços dos carros usados em outubro reflete o comportamento sazonal e o equilíbrio entre oferta e demanda no mercado automotivo”, afirma Eduardo Jurcevic, CEO do Webmotors.
Preços dos elétricos e híbridos
Pela primeira vez, o Índice Webmotors apresenta a variação dos preços de veículos eletrificados anunciados no marketplace. No acumulado do ano, os híbridos usados tiveram depreciação de 8,62%, enquanto os modelos novos mostraram redução de 1,70%.
Já os preços dos elétricos usados caíram 16,26% no mesmo período, à medida que os automóveis zero-quilômetro da categoria tiveram declínio de 3,12% entre janeiro e outubro deste ano.
Considerando apenas o mês de outubro, os híbridos usados tiveram uma queda de 0,61%, ao passo que os modelos novos registraram redução de 0,23%. Entre os elétricos, os usados caíram 1,51%, e os zero-quilômetro sofreram uma leve baixa de 0,04%.
“O Índice Webmotors reflete a percepção atual do mercado a respeito dos modelos eletrificados. O consumidor, de forma geral, tem se mostrado cada vez mais aberto às novas tecnologias. Porém, é natural que o mercado precise de um tempo maior para absorver e precificar corretamente novas formas de propulsão, principalmente em relação aos carros seminovos”, explica Jurcevic.
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