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Informe Especial

Redução das Emissões Poluentes: Impactos e Relação com o Crescimento Econômico na UE

poluição

 

Portugal tem realizado esforços no combate às alterações climáticas. Conforme os últimos dados revelados pelo Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia, Portugal encontra-se entre os 21 Estados-membros que viram uma redução nas suas emissões de gases poluentes no primeiro trimestre deste ano. No entanto, essa redução, equivalente a 0,11%, foi a mais tímida entre todos os países que reportaram diminuições.

Além das recentes estatísticas sobre emissões e crescimento econômico, é fundamental contextualizar as ações ambientais tomadas pela União Europeia em anos anteriores. Em novembro de 2019, houve um marco histórico quando o Parlamento Europeu declarou emergência climática, enfatizando a gravidade da situação ambiental global. Atingidos pela urgência da crise climática, os parlamentares não apenas fizeram tal declaração, mas também fizeram com que a Comissão Europeia alinhasse todas as futuras propostas para limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

Esta meta alinhava-se com os objetivos mais ambiciosos do Acordo de Paris, enfatizando uma redução significativa nas emissões de gases de efeito estufa. Respondendo ao apelo do Parlamento, a Comissão introduziu o Pacto Ecológico Europeu, uma estratégia ambiciosa e abrangente que visa transformar a União Europeia em uma economia moderna, eficiente em termos de recursos e competitiva, sem emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050. Este pacto não apenas reconhece os desafios iminentes, mas também apresenta uma visão clara para um futuro mais sustentável na Europa.

Porém, não é apenas no aspecto ambiental que países como Portugal apresentam resultados. Ao considerar o Produto Interno Bruto (PIB) português, observamos um aumento considerável. Denise Marques, advogada especializada em consultoria jurídica na área de imigração e nacionalidade portuguesa, comenta: “A capacidade de um país em reduzir emissões enquanto sustenta o crescimento econômico é uma clara indicação de uma abordagem equilibrada e responsável perante os desafios do século XXI”.

Em uma análise aprofundada, o Eurostat demonstrou que, dos 21 países que viram reduções nas suas emissões, apenas 6 presenciaram um decréscimo no PIB. Isto indica que, além de Portugal, outros 14 Estados-membros conseguiram combinar uma política ambiental eficaz com crescimento econômico. Entre eles estão potências como Alemanha, França e Espanha.

Ao analisarmos a situação na União Europeia como um todo, percebemos que as emissões relacionadas à economia totalizaram 941 milhões de toneladas de CO2 equivalente nos primeiros três meses do ano. Isso representa uma queda de 2,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Simultaneamente, o PIB da UE cresceu 1,2%. Esta concomitância entre redução de emissões e crescimento econômico desafia a noção de que desenvolvimento e sustentabilidade não combinam.

Dentro da UE, alguns setores tiveram maior responsabilidade nas emissões. As famílias foram responsáveis por 24% das emissões, seguidas pela indústria transformadora (20%), fornecimento de eletricidade e gás (19%) e agricultura (13%). Setores como transporte e armazenamento representaram 10% das emissões.

Ao olhar para a economia do Euro, nota-se um crescimento mais lento, com o PIB subindo apenas 0,6% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. Em contraste, a economia portuguesa destacou-se com um crescimento robusto de 2,3%.

A economia portuguesa manteve-se estável no segundo trimestre em comparação com o início do ano, refletindo uma tendência semelhante na zona euro e na UE em geral.

Os dados revelam uma Europa em busca de um equilíbrio entre sustentabilidade ambiental e crescimento econômico. Países como Portugal são exemplos de que é possível conciliar estes dois objetivos. No entanto, as estatísticas também mostram que ainda há muito trabalho a ser feito para garantir um futuro sustentável para todos os Estados-membros da UE.

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