De olho em uma vaga na Copa Libertadores, o Internacional tenta afastar de vez a oscilação na competição nacional para se firmar na briga por vaga direta na competição continental – ou seja, terminar entre os quatro primeiros, já que as equipes do G4 têm garantida a presença na fase de grupos independentemente dos campeões da Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e da própria Copa Libertadores.
Foto: Divulgação
Distante da briga pelo título nacional, o Colorado aparece em posição de destaque na briga pelo G4, ocupando a 5ª posição. Segundo os matemáticos da UFMG, o time gaúcho tem 48% de chance de ir diretamente à Libertadores – para efeito de comparação, a probabilidade do líder Palmeiras é de 98%, com Fluminense e Flamengo acima dos 60% de chance.
Pesa a favor do Internacional, neste aspecto, o fato de não disputar mais nenhuma outra competição – diferentemente de outros concorrentes. O Colorado foi eliminado da Copa do Brasil ainda na primeira fase, contra o Globo/RN, e caiu recentemente nas quartas de final da Copa Sul-Americana, diante do Melgar, do Peru, na disputa de pênaltis.
Dessa forma, Mano Menezes tem as semanas cheias para preparar o elenco para as partidas do Brasileirão, pelo menos enquanto a Copa do Brasil e as competições da Conmebol seguem acontecendo.
Nas próximas rodadas, o time tenta se valer do favoritismo nas casas de apostas no Brasileirão, como a Midnite, e nas estatísticas diante de equipes que ocupam a parte de baixo da tabela, como Juventude Cuiabá e Atlético/GO.
Controlar oscilação é o desafio
Uma das missões do técnico Mano Menezes para consolidar o Inter de vez na briga pela Libertadores é controlar a oscilação, já que o time vem alternando bons e maus resultados, com atuações muito destoantes. Um exemplo foi a partida contra o Fortaleza, no Castelão, quando o Colorado foi completamente dominado jogando com um atleta a mais em quase todo o tempo e perdeu por 3 a 0.
O confronto aconteceu entre dois duelos em que o time apresentou exatamente o oposto: atuações convincentes contra Atlético/MG, uma rodada antes, e Fluminense, na rodada seguinte, ambas vencidas por 3 a 0. O duelo contra o Galo, inclusive, quebrou uma sequência de três partidas sem vitória – outra prova de como o time costuma oscilar.
A boa notícia é que o clube de Porto Alegre voltou a vencer partidas seguidas na competição ao bater Fluminense e Avaí (1 a 0 na Ressacada, em Florianópolis) em rodadas consecutivas – algo que não acontecia desde junho, quando o Inter derrotou Flamengo e Goiás na sequência.
Aproveitamento é muito superior ao de 2021
O Inter chega para a disputa do segundo turno com uma certeza quase absoluta: a campanha deste ano será melhor que a do ano passado, quando o clube terminou apenas na 12ª colocação, com 48 pontos, perdendo a vaga na Pré-Libertadores. Na ocasião, o Colorado encerrou as 38 rodadas com um aproveitamento 42,1% – número bem diferente dos 56% que o clube ostenta atualmente.
Embora o discurso mais realista seja de briga pela Copa Libertadores, ainda há uma chance mínima de título para o Colorado, que ainda tem possibilidade matemática de brigar pela taça que não vem há 43 anos. Para o meia Maurício, o pensamento tem que ser brigar pelo primeiro lugar.
“Não temos tempo para lamentar. No dia seguinte tínhamos de trabalhar para a competição que nos restava, o Brasileiro. Não acabou o ano para a gente. Temos de ir atrás do Brasileiro, temos chances de chegar. O Palmeiras está um pouco distante, não custa nada sonhar. Temos esse pensamento. É jogo a jogo. Batalha por batalha”, afirmou.
Ainda segundo os matemáticos da UFMG, a possibilidade de título para o Colorado é muito remota – apenas 3,2%. O Palmeiras é o franco-favorito, com 74%, seguido por Fluminense e Flamengo. Porém, uma boa sequência sob o comando de Mano Menezes pode significar uma boa arrancada, algo similar ao que Abel Braga conseguiu em 2020, quando o time brigou pelo título até a última rodada, perdendo a liderança e a taça para o Flamengo na reta final.
Se o título é um sonho distante, o torcedor Colorado pode, ao menos, almejar um retorno à principal competição do continente, algo que se desenha como absolutamente possível aos comandados de Mano Menezes.
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