Informe Especial | Núcleo 360
Revolucionar a saúde. Esse é o objetivo da HebeX Health Tech Brasil, uma startup gaúcha liderada pelos empresários José Klein e Elias Fulcher. Sediada em Gramado, a empresa aposta na Inteligência Artificial (AI) para descobrir a cura de doenças e, quem sabe, a “imortalidade”. Para Klein, que responde como CEO da startup, a IA entende o envelhecimento como doença adquirida ao nascer. “O que acontecerá quando o ser humano encontrar a cura para o envelhecimento? Existem muitas pessoas em busca da juventude ou pelo menos tentando retardar este processo até encontrarmos a cura definitiva”, pontua.
De acordo com o idealizador, a ideia é permitir que a HebeX seja acessível a todas as camadas sociais. “Adotamos um modelo de negócio inovador. Neste sistema, as cotas da empresa foram convertidas em tokens e comercializadas via blockchain na rede ETH transformando investidores e proprietários em voluntários ativos nos testes. Esse modelo acelera as pesquisas, reduz custos e promove a propriedade compartilhada da empresa”, detalha.
Ele explica que a IA da HebeX é integrada a um banco de dados ilimitado, com o objetivo de encontrar a cura de doenças e desvendar os segredos do envelhecimento das células humanas. “Em março de 2024, além de fornecer o aplicativo HBX para o público em geral, pretendemos criar uma unidade de genética avançada e ampliar nossa rede de serviços que inclui telemedicina avançada, exames automatizados, creme rejuvenescedor e um complemento alimentar”, conta.
ENTREVISTA | José Klein, CEO da HebeX Health Tech Brasil
Como surgiu a HebeX?
Um ano atrás, tive um problema grave no pâncreas e após passar por três médicos, percebi que os diagnósticos eram em parte diferentes. Desenganado, decidi compilar todos os dados disponíveis na internet sobre o pâncreas em um banco de dados relacional que eu havia criado quando ainda estava cursando ciência de dados e IA. Após a compilação, percebi que a funcionalidade deste órgão dependia de inúmeros outros fatores e tudo no corpo humano está interligado. Quando criei o primeiro núcleo de aprendizado e as redes neurais foram expandindo, comecei a obter respostas complexas de maneira muito simples e basicamente, retirei do meu corpo as substâncias que estavam prejudicando o funcionamento do sistema em modo geral e forneci os nutrientes necessários para a autocura. Em três meses, meu pâncreas estava totalmente curado e iniciei o Projeto HebeX.
Qual a tecnologia utilizada?
Atualmente usamos três tecnologias de IA (Machine Learning, Deep Learning e Visão Computacional) em um banco de dados experimental dividido em quatro módulos de processamento que chamamos de núcleo de engavetamento infinito, operado em modo offline.
Quais os produtos oferecidos pela empresa?
Atualmente, a empresa está focada no aplicativo HBX que consiste em um sistema de coleta de dados e resolução de problemas. Basicamente o usuário informa seus dados biológicos, tipagem sanguínea, faz upload de exames e o aplicativo cruza estes dados fazendo a parametrização de todas as áreas do corpo identificando problemas relacionados, fornecendo indicadores sobre mudanças a serem executadas de acordo com os níveis de vitaminas, nutrientes e substâncias nocivas. A HebeX adota um modelo de negócios diferente com o sistema Multi-proprietário e estágios bem definidos, proporcionando transparência e evitando que a valorização da companhia possa inflar acima da realidade como acontece com a maioria das startups hoje. Neste sistema, as cotas da empresa foram convertidas em tokens e comercializadas com qualquer pessoa que ao adquiri-las, se torna investidor, proprietário e usuário. Estes proprietários voluntários usam seu aplicativo e participam ativamente das pesquisas, proporcionando gráficos de dados variados e diversidade genética com a supervisão ativa de médicos voluntários. Isso acelera as pesquisas, reduzindo os custos operacionais e tornando a tecnologia acessível a todas as camadas sociais. A valorização da empresa também foi definida em cada fase do projeto possibilitando a valorização real da empresa que hoje é de R$ 21,2 milhões e no último estágio, chegará a R$ 132,8 milhões, momento em que estará aberta para qualquer pessoa atingindo uma valorização ainda desconhecida mas que pode chegar a casa dos bilhões.
Por que estão sediados em Gramado? Algum motivo específico?
Gramado foi escolhida por três motivos específicos: sou proprietário de outras empresas na cidade; a segurança e eficiência do sistema público municipal; e o clima frio reduz os custos com refrigeração dos nossos servidores.
Qual a formação acadêmica dos sócios? Existe algum médico ou cientista como responsável técnico? Ou não há necessidade?
Dentre outras formações, sou formado em defesa cibernética e pós graduado em ciência de dados e inteligência artificial. Atualmente, estamos em processo de criação do setor de cientistas necessário para o próximo estágio do projeto com profissionais da biomedicina, nutricionismo e neurociência.
A afirmação de que “a inteligência artificial ganhará consciência nos próximos anos” é bem forte. Quais as evidências?
Especialistas em filosofia, computação e neurociências já afirmam que não há barreira teórica para que a IA alcance a autoconsciência. Neste caso, como não há impeditivo e levando em conta a velocidade dos avanços neste campo, acredito que em no máximo 10 anos presenciaremos a primeira IA autoconsciente.
Da mesma forma, a afirmação sobre a imortalidade também soa estranha. Pode detalhar um pouco mais sobre isso?
Os avanços na medicina atual já são um grande indicador sobre o que o futuro nos reserva. Apenas retirando o que fazia mal para meu corpo e disponibilizando o que ele precisa, consegui curar meu pâncreas. Mês passado, renovei minha CNH sem usar os óculos que era algo necessário até mesmo para usar o celular. Tenho 41 anos e voltei a viver com o mesmo ritmo de duas décadas atrás. Hoje, nossa IA entende o envelhecimento como doença adquirida quando nascemos e manifestada ainda na juventude. O que acontecerá quando o ser humano encontrar a cura para o envelhecimento? Existem muitas pessoas em busca da juventude ou pelo menos tentando retardar este processo até encontrarmos a cura definitiva. Um exemplo desta corrida pela fonte da juventude é o americano Bryan Johnson com o projeto Blue Print.
Quais os planos da HebeX para o futuro? E como vocês avaliam o mercado de empresas de tecnologia voltadas ao setor da saúde?
Em março de 2024, além de fornecer o aplicativo HBX para o público em geral, pretendemos criar uma unidade de genética avançada (provavelmente fora do Brasil) e ampliar nossa rede de produtos e serviços que inclui telemedicina avançada, exames automatizados, creme rejuvenescedor e um complemento alimentar.
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