Nas últimas duas décadas, o nível do futebol brasileiro vem caindo vertiginosamente. Desde 2002 o Brasil não vence uma Copa do Mundo e desde 2006 não tem um time que reúna muitos craques. Nas edições recentes do Mundial, a seleção colecionou fracassos, e o futuro não parece promissor, como mostra o amistoso contra o Marrocos. Será que o país está fadado a se tornar uma força média no cenário internacional? Se você gosta de fazer previsões esportivas, clique aqui e comece a dar os seus palpites.
A queda de qualidade do futebol nacional pode ser comprovada pelo fato de que Kaká foi o último jogador brasileiro a ter sido eleito o melhor do mundo. E isso aconteceu há 16 anos. Desde então, o Brasil tem produzido apenas coadjuvantes no cenário internacional. Ao longo dos últimos anos, o principal nome da seleção vem sendo Neymar – um jogador que nunca foi unanimidade e, ademais, nunca foi protagonista nos clubes europeus que defendeu (exceto por breves momentos). Esteve à sombra de Messi quando este reinava no Barcelona e é ofuscado por Mbappé no Paris Saint-Germain.
No recente amistoso contra o Marrocos, a seleção mostrou que é, atualmente, um time comum. Com pouca criatividade, a equipe de Ramon Menezes fez um jogo parelho, mas nunca conseguiu controlar o adversário, que tem um geração interessante e, com justiça, alcançou o quarto lugar na Copa do Mundo de 2022.
Dessa forma, o Marrocos venceu por 2 a 1, com gols de Boufal e Sabiri. A seleção brasileira descontou com Casemiro, um dos poucos jogadores de altíssimo nível da geração atual. Para piorar a situação, os jovens brasileiros que disputaram este amistoso – ou que estiveram no Mundial do Catar – não inspiram tanta confiança nos torcedores para o futuro. Vinicius Jr, Rodrygo, Antony, entre outros, estão muito longe do nível dos craques que costumavam vestir a ‘amarelinha’. Além disso, Neymar, melhor jogador de sua geração, já está se encaminhando para a parte final de sua carreira.
Dessa forma, o que esperar para o futuro da seleção? Há um grave problema na formação de novos atletas, que precisa ser identificado e corrigido o quanto antes. Por exemplo, grande parte dos atacantes convocados por Tite para o Catar finaliza mal. Isso mostra que o Brasil vem revelando jogadores que se destacam mais por enfeitar os lances do que por sua eficiência.
Historicamente, o Brasil sempre teve jogadores que gostavam de embelezar suas jogadas: Ronaldinho é um exemplo clássico. Mas o gaúcho dominava perfeitamente os fundamentos básicos do futebol. Hoje, o cenário é bem diferente. O futuro da seleção, portanto, ainda é nebuloso. Sempre podemos contar com o talento brasileiro, mas também é preciso que haja planejamento – sem isso, ficaremos muitos anos sem grandes conquistas.
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