Com cerca de 700 alunos do 1º ao 9º Ano e mais de 4200 metros quadrados de área construída, a Emeb Arnaldo Grin, no bairro Santo Afonso, chama a atenção pelo tamanho de sua estrutura e na quantidade de estudantes atendidos. Mas não só isso. A escola municipal também se destaca pelos seus projetos e, também, pelo espírito resiliente da sua comunidade escolar. Isso porque o colégio foi um dos atingidos pela enchente de maio e viu seu primeiro andar ser destruído pela pior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul.
Todos os materiais de mais de 35 anos de história foram sucumbidos pela água lamacenta. Entre eles, os recursos da sala de robótica e os instrumentos do laboratório de ciência, além dos computadores, laptops, chromebooks, impressoras 3D e uma biblioteca inteira com mais de 7 mil exemplares. Foram 40 dias sem aula, 23 deles apenas para a realização da limpeza, de tão suja que ficou a escola. Mas era preciso agilidade para retomar os atendimentos dos alunos. “A gente sabia que a escola abrindo as portas, a comunidade voltaria para o bairro. A escola seria a vida, a cor, em meio ao barro”, detalha o diretor Fernando Bertuzzi.
Tanto é que, seis meses depois, o primeiro andar da Arnaldo Grin está recuperado (e algumas melhorias ainda sendo finalizadas). E, mais do que isso, os projetos seguem ocorrendo, como o de robótica liderado pela professora Muriel Menezes Portal. São cerca de 20 alunos que são desafiados a praticar o raciocínio lógico e resolver os desafios da linguagem de programação em bloco. “É incrível ver o desenvolvimento deles através da robótica”, conta Muriel.
A retomada da robótica só foi possível com a união de diferentes frentes e contou, inclusive, com o empréstimo e doações de kits e computadores de outras instituições.
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