No dia 2 de maio, a Emeb Profª Helena Canho Sampaio, em Lomba Grande, foi tomada pela água. Localizada próxima ao curso do Rio dos Sinos, a escola que atende cerca de 150 alunos da Faixa Etária 4 ao 5º Ano ficou fechada por três semanas durante a pior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul.
“Fomos a primeira a fechar e a primeira a reabrir”, conta o diretor Dionatan Batirolla, ao lembrar dos esforços para salvar os alimentos, os computadores e os documentos dos alunos e educadores antes que a água tomasse conta do prédio.
Cinco meses depois, quem passa pelo colégio não acredita que o mesmo espaço estava tomado de lama: até flores para refazer o jardim foram doadas pela comunidade e, hoje, já colorem a entrada da escola como sinal de que a primavera deixa para trás as marcas daquela enchente. “Estamos, agora, refazendo nossa biblioteca”, conta, ao comemorar as melhorias.
Mas além da estrutura física, outra marca começa a ser restaurada. Desta vez, não por tintas ou tijolos, mas por risos e descobertas. “Percebemos que o brincar foi uma forma de acolher nossos alunos”, detalha Dionatan.
E foi por isso que a escola promoveu, neste início de outubro, a semana do brincar, resgatando as brincadeiras tradicionais. “Aquelas brincadeiras da época dos nossos pais, sabe? E chega a ser poético como elas ajudaram nesse processo de acolhida”, compartilha.
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