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Kisambu literário ressignifica a história na Negrinho do Pastoreio

Com 46 anos de história, essa é a primeira vez que a instituição que atende da Faixa Etária zero a três anos deixa de lado a lenda triste de uma criança escravizada para falar sobre a valorização da cultura afro e indígena

Publicado em: 19/11/2024 às 09h:52
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Foi para ressignificar o nome da escola que a equipe diretiva da Emei Negrinho do Pastoreio, em Hamburgo Velho, começou a fomentar a cultura étnico-racial entre os alunos e a comunidade. Com 46 anos de história, essa é a primeira vez que a instituição que atende da Faixa Etária zero a três anos deixa de lado a lenda triste de uma criança escravizada para falar sobre a valorização da cultura afro e indígena.

Kisambu é uma palavra africana que quer dizer cesto grande  | abc+



Kisambu é uma palavra africana que quer dizer cesto grande

Foto: Francine Silva/GES-Especial

Primeiro, no ano passado, a diretora Mylena Paz Boll e a coordenadora pedagógica Pâmela Gonçalves lançaram o desafio de recriar a logo da escola a partir da visão dos pequenos — deixando de lado a figura caricata do pequeno escravo.

Já neste ano, foi a vez da concepção do Kisambu Literário, composto por elementos das duas culturas, além de livros com referência antirracista e, claro, um casal de bonecos negros — nomeados pelas crianças como a Amara e o Kauê. Kisambu, inclusive, é uma palavra de origem africana que quer dizer cesto grande.

Dentro do Kisambu literário vem um estojo de giz de cera nas mais variadas cores de pele para as crianças explorarem na Emei Negrinho do Pastoreio | abc+



Dentro do Kisambu literário vem um estojo de giz de cera nas mais variadas cores de pele para as crianças explorarem na Emei Negrinho do Pastoreio

Foto: Francine Silva/GES-Especial

“Começamos com o projeto piloto entre os alunos da FE3. Mas, a partir de 2025, ele se transformará numa ação institucional e cada turma terá o seu próprio kisambu, passando por cada uma das quase 100 famílias da escola”, detalha Mylena.

Cesto com elementos das culturas afro e indígena foi explorado, ao longo deste semestre, pelos alunos da Faixa Etária 3 da Emei Negrinho do Pastoreio | abc+



Cesto com elementos das culturas afro e indígena foi explorado, ao longo deste semestre, pelos alunos da Faixa Etária 3 da Emei Negrinho do Pastoreio

Foto: Francine Silva/GES-Especial

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