Esportes
Técnico iraniano sofre xenofobia em estreia no Campeonato Piauiense e deixa cargo
Última atualização: 22/01/2024 13:38
Anunciado no último dia 31 de janeiro pelo Comercial-PI, o treinador iraniano Koosha Delshad sofreu ataques de xenofobia por parte dos torcedores em sua partida de estreia no PaÃs e no Campeonato Piauiense. Na quinta-feira, o técnico pediu demissão de seu cargo no clube, com apenas um jogo disputado - a derrota para o River-PI, por 4 a 0.
Em nota, Delshad afirmou que, desde o primeiro minuto de jogo sofreu diversos ataques por parte da torcida, como ser chamado de terrorista. "Não acredito que um treinador que assuma um clube na zona de rebaixamento, que não pontua, não marca gols, com apenas dois dias de treinos faça milagre. Nem que ele mereça xingamentos preconceituosos e xenofóbicos, como gritos: 'Hey, treinador terrorista!' e etc", escreveu o iraniano. Segundo ele, os ataques a seu trabalho começaram antes mesmo da primeira partida, ainda nas redes sociais.
Delshad concluiu a licença A do curso da CBF para treinadores. Chegou ao Comercial-PI por meio de uma parceria que o clube firmou com a JK Sports, grupo de investimento com sede em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Por meio desta parceria, os investidores arcariam com metade das despesas do time durante o Campeonato Piauiense. Antes mesmo do treinador chegar ao clube, o Comercial já ocupava a zona de rebaixamento da competição, com uma vitória em cinco jogos e três pontos somados.
"Mesmo tendo conhecimento da situação do clube, da falta de equipamentos necessários, assumi a parte técnica, mas não poderia imaginar que no dia do jogo três jogadores anunciariam que não entrariam no estádio! Foi quando percebi que eu não estava em clube profissional e sim em uma escolinha de futebol. Quero falar com torcedores que desde o aquecimento começaram a xingar, se vocês não gostam que eu esteja aÃ, ao menos gostem do clube", enfatizou.
"Eu estava lá para ajudar o futebol da cidade, um clube tradicional que está vivendo uma situação anormal, mas percebi que não existe uma determinação por esse objetivo. Minha intenção foi ajudar, mas pela falta de apoio e pelos crimes de xenofobia durante os 90 minutos no estádio, eu renuncio ao cargo da parte técnica do Clube Comercial de PiauÃ. Tomara que um dia isso acabe no paÃs do futebol", finalizou Delshad.
Após o anúncio de seu pedido de demissão, o Comercial-PI lamentou os ataques sofridos pelo treinador e revelou o fim da parceria com a JK Sports, menos de dois meses desde que o acordo com o grupo havia sido firmado.
"O Comercial não compactua e repudia veementemente as atitudes de torcedores que tiveram um comportamento incomum em relação às ofensas direcionadas ao ex-treinador, Koosha Delshad, ocorridas na data de ontem após a derrota no jogo contra o River pelo Campeonato Piauiense, reiterando que, apesar do resultado negativo, nada justifica tais atitudes. Aproveitando a oportunidade pra informar que a parceria com a empresa JK Esportes (sic) foi encerrada", afirmou o clube em nota.
Anunciado no último dia 31 de janeiro pelo Comercial-PI, o treinador iraniano Koosha Delshad sofreu ataques de xenofobia por parte dos torcedores em sua partida de estreia no PaÃs e no Campeonato Piauiense. Na quinta-feira, o técnico pediu demissão de seu cargo no clube, com apenas um jogo disputado - a derrota para o River-PI, por 4 a 0.
Em nota, Delshad afirmou que, desde o primeiro minuto de jogo sofreu diversos ataques por parte da torcida, como ser chamado de terrorista. "Não acredito que um treinador que assuma um clube na zona de rebaixamento, que não pontua, não marca gols, com apenas dois dias de treinos faça milagre. Nem que ele mereça xingamentos preconceituosos e xenofóbicos, como gritos: 'Hey, treinador terrorista!' e etc", escreveu o iraniano. Segundo ele, os ataques a seu trabalho começaram antes mesmo da primeira partida, ainda nas redes sociais.
Delshad concluiu a licença A do curso da CBF para treinadores. Chegou ao Comercial-PI por meio de uma parceria que o clube firmou com a JK Sports, grupo de investimento com sede em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Por meio desta parceria, os investidores arcariam com metade das despesas do time durante o Campeonato Piauiense. Antes mesmo do treinador chegar ao clube, o Comercial já ocupava a zona de rebaixamento da competição, com uma vitória em cinco jogos e três pontos somados.
"Mesmo tendo conhecimento da situação do clube, da falta de equipamentos necessários, assumi a parte técnica, mas não poderia imaginar que no dia do jogo três jogadores anunciariam que não entrariam no estádio! Foi quando percebi que eu não estava em clube profissional e sim em uma escolinha de futebol. Quero falar com torcedores que desde o aquecimento começaram a xingar, se vocês não gostam que eu esteja aÃ, ao menos gostem do clube", enfatizou.
"Eu estava lá para ajudar o futebol da cidade, um clube tradicional que está vivendo uma situação anormal, mas percebi que não existe uma determinação por esse objetivo. Minha intenção foi ajudar, mas pela falta de apoio e pelos crimes de xenofobia durante os 90 minutos no estádio, eu renuncio ao cargo da parte técnica do Clube Comercial de PiauÃ. Tomara que um dia isso acabe no paÃs do futebol", finalizou Delshad.
Após o anúncio de seu pedido de demissão, o Comercial-PI lamentou os ataques sofridos pelo treinador e revelou o fim da parceria com a JK Sports, menos de dois meses desde que o acordo com o grupo havia sido firmado.
"O Comercial não compactua e repudia veementemente as atitudes de torcedores que tiveram um comportamento incomum em relação às ofensas direcionadas ao ex-treinador, Koosha Delshad, ocorridas na data de ontem após a derrota no jogo contra o River pelo Campeonato Piauiense, reiterando que, apesar do resultado negativo, nada justifica tais atitudes. Aproveitando a oportunidade pra informar que a parceria com a empresa JK Esportes (sic) foi encerrada", afirmou o clube em nota.