VOO LIVRE
Pilotos dos estrangeiros voam em Sapiranga e elogiam estrutura da AGVL
Local e referência para atletas no Rio Grande do Sul e no Brasil
Última atualização: 05/09/2023 20:36
Referência no voo livre nacional, a cidade de Sapiranga é reconhecida e procurada também por atletas do exterior. Na última semana, um grupo de pilotos dos Estados Unidos (EUA) aproveitou as boas condições climáticas para voar na região do Vale do Sinos. No entanto, o que lhes chamou a atenção foi mesmo a infraestrutura da Associação Gaúcha de Voo Livre (AGVL), que encantou os norte-americanos. Entre os pilotos esteve Dustin Martin, que detém o recorde mundial no Guinness Book de maior voo a distância em asa-delta, com 764 quilômetros. A marca foi atingida em 2012, no Texas.
“A cada ano recebemos mais pilotos de fora do Brasil. Além dos norte-americanos, muitos europeus procuram voar aqui. Queremos tornar o Rio Grande do Sul uma referência internacional na formação e treinamento de pilotos. Isso fortalece a nossa vocação, que é transformar iniciantes em atletas de ponta.”, ressaltou o presidente da Federação Gaúcha de Voo Livre (FGVL) e treinador da AGVL.
Ao lado de Dustin Martin, que nos últimos 20 anos veio pela quinta vez para voar em Sapiranga, estiveram o instrutor Chandler Papas e seu aluno Patrick Jameson. Para Papas e Jameson, que debutaram pelos céus brasileiros, o sítio de voo sapiranguense é único.
O instrutor de parapente Papas foi quem mais elogiou a sede da AGVL. “Já viajei e voei em oito países, e este é de longe o melhor que já vi em termos de infraestrutura. A sede do clube, as zonas de pouso, o resgate e a acessibilidade, tudo ótimo. O clube tem lindas áreas para churrasco, banheiros, os pilotos foram bem receptivos, eles têm bonés, camisetas, servem café. Isso é incrível. Foi algo de alto nível. A escola do Flávio é excelente, um lindo centro de treinamento também”, destacou Papas, elogiando ainda a Escola de Voo Livre Cia do Ar, a qual Pinheiro é instrutor e proprietário. Na AGVL, o clube dispõe ainda de piscina, salão de festas, campo de futebol, brinquedos, entre outros.
Conforme Dustin Martin, que hoje voa de paraglider, eles viajaram para o Rio Grande do Sul pois o calor é muito forte nesta época do ano no Texas, com as temperaturas girando na casa dos 40 a 50 graus.
“Esse tour foi para escapar do calor. No clube todos já me conhecem, chego na rampa e cumprimentam. É 100%,” comentou o piloto, que deve retornar para o RS em dezembro, quando o clima é ainda mais propício para a prática do voo no Estado.
Segundo Papas, ele pretende voltar para Sapiranga com mais alunos em 2024. “Quero voltar para Sapiranga, porque nesta viagem trouxemos apenas alguns alunos. Queria dar uma olhada. E todo ano, nesta época, nós viremos. Ano que vem trarei mais alunos porque adorei muito”, concluiu.