Uma boa notícia vindo do exterior. Pilotos da região estão nos Estados Unidos em busca de um sonho: ser campeão mundial de bicicross no berço do esporte. Os atletas Leonardo Nadal, do Grêmio Atiradores Novo Hamburgo (GANH), Thales Schüler, Antônio Trevisan Camargo, Otávio Frantz e Eduardo Sonir, todos da Liga Campobonense de BMX, disputam a competição que começou no domingo (12) e seguirá até o dia 18 em Rock Hill, na Carolina do Sul.
E logo no primeiro dia de provas, uma importante medalha. Nadal conquistou o bronze na categoria Cruiser 13/14 anos. O hamburguense, 3º W, está entre os melhores pilotos do mundo. Essa é a segunda vez que o atleta participa de um Mundial. A primeira foi em Zolder, na Bélgica. Na Europa ele terminou em sétimo colocado.
Foto: Arquivo Pessoal
Por conta de seu desempenho, o piloto do GANH foi convidado para disputar uma competição norte-americana pela equipe Alltow, na próxima semana, em Nashville, Tennessee. Ele é o atual campeão do Latino-Americano e vice-campeão do Pan-Americano, competições realizadas na Colômbia, em Abril.
O evento reúne mais de 2500 ciclistas. Só os donos da casa têm mais de 1000 atletas. O Brasil conta com 86 participantes. Além da categoria Cruiser 13/14 anos, Nadal também compete na Boys 14, no 2024 BMX Racing World Challenge, enquanto Schüler disputa na Junior Men, pelo 2024 BMX Racing World Championship. Sonir está na Cruiser 45/49, Camargo na Boys 14 e Otávio Frantz na categoria Boys 16, todos no Challenge.
Os gaúchos Éder Martins, de Venâncio Aires, Diego Codevila e Rodolfo Holsbach, de Santa Maria, também estão em Rock Hill competindo.
Antes do embarque
Os atletas embarcaram para os Estados Unidos na terça-feira (7), e os desafios já começaram antes de entrar no avião. A equipe precisou se deslocar de carro até São Paulo, de onde o voo partiu para a América do Norte.
Eduardo Sonir conta que passou o fim de semana anterior ao embarque ajudando no resgate de pessoas. “Foram dias complicados. Como tínhamos um barco, fizemos alguns salvamentos no sábado e domingo na região do Vale do Sinos. Muito triste. Acho que essa lembrança eu vou levar para minha vida, de tanta tristeza que vimos, quanta coisa horrível, e pessoas que perderam tudo, óbitos, pessoas ilhadas, desesperadas. Foi um negócio pavoroso”, relata Sonir, que vai para a competição depois de se recuperar de lesão.
Foto: Arquivo Pessoal
“O ano passado foi uma temporada muito boa. Fui vice-campeão brasileiro, campeão latino-americano, campeão pan-americano, campeão sul-americano. Infelizmente na primeira etapa do Campeonato Gaúcho deste ano eu fraturei o meu pé, tive que fazer uma cirurgia e colocar um parafuso no tornozelo. Trinta e cinco antes do mundial eu fui liberado pelos médicos para voltar a treinar. Fiz tudo que era possível para chegar aqui e competir.”
Já Thales Schüler não enfrentou a tragédia no RS. O atleta já está nos Estados Unidos desde abril. Inclusive, o guri treinou no local da competição. “Minha preparação foi muito boa. Estou feliz que meu bicicross está evoluindo. Treinei em pistas de alto nível, com atletas de alto nível. É um privilégio. Tenho certeza que isso vai influenciar na hora da corrida”, conta Schüler, que, de longe, acompanha a situação no RS.
Foto: Arquivo Pessoal
“Tenho muito orgulho de morar no Rio Grande do Sul, de ser brasileiro. E agora com esse momento de chuva, enchentes, eu acompanho pelas redes sociais, falando com meus pais também. Meu coração fica um pouco apertado. Saudade da família, queria estar junto com eles. Mas sei que esses momentos vão passar em breve”, concluiu.
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