Uma nova decisão da Justiça condenou dois dirigentes do Inter pela terceira vez nesta quinta-feira. O ex-presidente Vitorio Piffero terá de cumprir 12 anos de pena, enquanto o vice-presidente de finanças, Pedro Affatato, pegou 76 anos. A decisão foi da 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro. Os crimes foram cometidos entre 2015 e 2016. As denúncia foram pelo Ministério Público em 2021, no âmbito da Operação Rebote.
Piffero foi condenado por estelionato e lavagem de dinheiro. Além dos 12 anos, ele terá de pagar uma indenização de 135 salários mínimos. Já Affatato, além desses dois crimes, também foi condenado por organização criminosa, e a indenização é de 675 salários mínimos. Também receberam condenação outros três empresários ligados a uma empresa de turismo e a mulher do ex-presidente. Todos os condenados poderão recorrer da decisão em liberdade.
Segundo o promotor de Justiça Flávio Duarte, responsável pela investigação e pela denúncia, as irregularidades são relativas à emissão de notas fiscais, simulando prestação de serviços por agências de viagens, que não ocorreram, cujos valores pagos pelo Internacional, depois de atos de lavagem de capitais e com a participação dos empresários condenados, foram revertidos aos ex-dirigentes em dinheiro, como por exemplo, na aquisição de um veículo e em serviços de turismo, como hospedagens no Hotel Copacabana Palace, para o Réveillon no Rio de Janeiro, e cruzeiros, entre outros.
Mais condenações
Em outubro deste ano, um ex-dirigente do Inter e também um ex-dirigente do Sindicato dos Estabelecimentos de Cultura Física do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiclubes-RS) foram condenados a 16 anos, quatro meses e 20 dias de prisão, além de pagamento de multa. Os dois se apropriaram de mais de R$ 1,1 milhão. Por isso, foram condenados por apropriação indébita e lavagem de capitais.
Em março deste ano, a Justiça condenou dois ex-dirigentes do Inter, também do biênio 2015/2016, além de um representante de empreiteiras, um engenheiro empregado do clube e um contador. Também alvos da Operação Rebote e denunciados pelo promotor Flávio Duarte, eles desviaram mais de R$ 13 milhões e foram responsabilizados pelos delitos de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Entre os condenados no primeiro semestre deste ano, estava o ex-presidente do clube gaúcho na época dos fatos.
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