É MEDALHISTA OLÍMPICO
Natural de Canoas, Fernando Scheffer vira referência e é um dos grandes nomes na natação
Atleta é bronze olímpico e recentemente levou o ouro no Pan de Santiago, no Chile
Última atualização: 08/12/2023 11:47
Treino, dedicação, repetição, sequência, alimentação e descanso. Essas são algumas das palavras mais usadas pelo nadador Fernando Scheffer, o Monet - apelido recebido por conta de uma confusão envolvendo o quadro do pintor francês e o quadro Abaporu, de Tarsila do Amaral -, de 25 anos. Natural de Canoas, atualmente o atleta é um dos principais nomes da natação masculina brasileira, assim como foram Tetsuo Okamoto, Gustavo Borges, Fernando Scherer, César Cielo, Thiago Pereira, e é Bruno Fratus, entre outros grandes do esporte. A semelhança entre todos estes está em um artefato, que às vezes pode ser de ouro, prata ou bronze: a medalha olímpica.
Scheffer entrou para o hall dos proeminentes medalhistas brasileiros do maior evento multiesportivo do mundo ao conquistar o bronze nos 200 metros livre nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Ele quebrou o recorde sul-americano da prova com o tempo de 1m44s66. Após o momento histórico, o canoense levou novamente o terceiro lugar, mas dessa vez no revezamento 4x200, no Mundial de Natação em Piscina Curta de 2021 em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, ao lado de Murilo Sartori, Kaique Alves e Breno Correia.
Ouro no Pan
Atleta do Exército Brasileiro e do Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte-MG, Scheffer, um pouco antes dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, que foram realizados em outubro deste ano, passou a treinar com o grupo do treinador Fernando Possenti, no Rio de Janeiro. As braçadas no Parque Aquático Maria Lenk ajudaram o canoense na preparação para a conquista do ouro no revezamento 4x200 no Pan.
Antes de cair na água no país vizinho, Fernando recebeu o convite do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para ser o porta-bandeira na cerimônia de abertura da competição ao lado da tenista Luisa Stefani.
Durante a competição, o nadador não se classificou para a final dos 200 metros, por outro lado, na prova por equipes, o time que ainda tinha Murilo Sartori, Breno Correia e Guilherme Costa foi o grande campeão do 4x200 metros. O atleta conta como se preparou psicologicamente após a eliminação precoce na competição solo.
"A gente vive altos e baixos no esporte e aprender a lidar com isso faz parte. A gente nem sempre compete como gostaria, mas saber colocar a cabeça no lugar o mais rápido possível é muito importante."
O início no Rio Grande do Sul e muitos títulos
Nascido em Canoas, Scheffer relembra o começo na natação, quando tinha aproximadamente 7 anos. "Iniciei em uma academia em Canoas, por influência da minha família e principalmente meu irmão mais velho, Augusto." A rivalidade levada de casa para as piscinas contribuiu para o crescimento do atleta mirim, que logo mudou-se para o Grêmio Náutico União, da capital.
"Saí de casa cedo, aos 15 anos, para morar em Porto Alegre. Em 2018, aos 20, mudei de estado e clube para defender o Minas, em Belo Horizonte. Sempre tive todo o apoio da minha família e isso facilitou muito esse processo", conta o nadador, que não parou de empilhar títulos e recordes.
"Após essa mudança tive o maior salto da minha carreira e desde então integro a seleção brasileira. Todas as minhas conquistas foram importantes e tiveram grandes aprendizados da sua maneira."
Em 2018, no Troféu Maria Lenk, no Rio, ele quebrou o recorde sul-americano nos 200 metros livre em 1m46s08. Três dias depois, quebrou o recorde sul-americano dos 400 metros em 3m49s06. Na sequência, nos Jogos Sul-Americanos de 2018 em Cochabamba, na Bolívia, ele ganhou duas medalhas de ouro nos 200 metros e 4x200 livre, e uma prata nos 4x100 metros livre. Os títulos internacionais estavam apenas começando.
No Campeonato Pan-Pacífico de Natação de 2018 em Tóquio, Japão, terminou em quarto lugar nos 200 e 4x200 metros livre, e sexto nos 400 metros livre. Foi ouro no revezamento 4x200 ao lado de Luiz Altamir Melo, Leonardo Coelho Santos e Breno Correia, no Campeonato Mundial de Piscina Curta de 2018 em Hangzhou, China. Para fechar 2018, um dos principais anos de sua carreira, Fernando bateu o recorde sul-americano nos 200 metros livre, com o tempo de 1m45s51. Foi o quarto melhor tempo do mundo naquele ano.
Em 2019, o Fernando Scheffer, aos 21 anos, venceu duas medalhas de ouro nos 200 metros livre e no 4x200 livre, além de uma prata nos 400 metros livre.
Atleta lembra da preparação criativa para Tóquio e fala do foco para Paris 2024
A medalha de bronze em Tóquio foi conquistada depois de um momento duro para a humanidade. A pandemia da Covid-19 que assolou o planeta deixou Scheffer impossibilitado de treinar nas piscinas do clube durante um certo período. Scheffer e outros nadadores, então, tiveram uma ideia de praticar em um açude em Coronel Xavier Chaves, no interior de Minas. Inclusive, raias foram improvisadas no local. O resultado deu certo. "O treinamento no açude foi uma forma que encontramos de continuar os trabalhos durante a pandemia. A gente precisa trabalhar com as ferramentas que estão ao nosso alcance e, às vezes, um pouco de criatividade ajuda bastante", conta.
Agora, alguns anos depois, e com a situação da doença normalizada, o atleta poderá se preparar da maneira tradicional para a temporada que vem, que promete ser intensa e de muitas disputas. Scheffer é um forte candidato na prova dos 200 metros em Paris. Faltam aproximadamente 230 dias para o início dos Jogos na França.
"Já começamos nossa preparação para o mundial do ano que vem, em fevereiro, seletiva olímpica e Jogos de Paris. A expectativa é sempre chegar nessas competições na melhor forma física da carreira e representar o nosso país da melhor maneira."
Além dos treinos na piscina, o atleta também recebe apoio da Ajinomoto, que fornece a suplementação e a orientação nutricional com o programa "Alimentação para Vencer - Kachimeshi".
Treino, dedicação, repetição, sequência, alimentação e descanso. Essas são algumas das palavras mais usadas pelo nadador Fernando Scheffer, o Monet - apelido recebido por conta de uma confusão envolvendo o quadro do pintor francês e o quadro Abaporu, de Tarsila do Amaral -, de 25 anos. Natural de Canoas, atualmente o atleta é um dos principais nomes da natação masculina brasileira, assim como foram Tetsuo Okamoto, Gustavo Borges, Fernando Scherer, César Cielo, Thiago Pereira, e é Bruno Fratus, entre outros grandes do esporte. A semelhança entre todos estes está em um artefato, que às vezes pode ser de ouro, prata ou bronze: a medalha olímpica.
Scheffer entrou para o hall dos proeminentes medalhistas brasileiros do maior evento multiesportivo do mundo ao conquistar o bronze nos 200 metros livre nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Ele quebrou o recorde sul-americano da prova com o tempo de 1m44s66. Após o momento histórico, o canoense levou novamente o terceiro lugar, mas dessa vez no revezamento 4x200, no Mundial de Natação em Piscina Curta de 2021 em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, ao lado de Murilo Sartori, Kaique Alves e Breno Correia.
Ouro no Pan
Atleta do Exército Brasileiro e do Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte-MG, Scheffer, um pouco antes dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, que foram realizados em outubro deste ano, passou a treinar com o grupo do treinador Fernando Possenti, no Rio de Janeiro. As braçadas no Parque Aquático Maria Lenk ajudaram o canoense na preparação para a conquista do ouro no revezamento 4x200 no Pan.
Antes de cair na água no país vizinho, Fernando recebeu o convite do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para ser o porta-bandeira na cerimônia de abertura da competição ao lado da tenista Luisa Stefani.
Durante a competição, o nadador não se classificou para a final dos 200 metros, por outro lado, na prova por equipes, o time que ainda tinha Murilo Sartori, Breno Correia e Guilherme Costa foi o grande campeão do 4x200 metros. O atleta conta como se preparou psicologicamente após a eliminação precoce na competição solo.
"A gente vive altos e baixos no esporte e aprender a lidar com isso faz parte. A gente nem sempre compete como gostaria, mas saber colocar a cabeça no lugar o mais rápido possível é muito importante."
O início no Rio Grande do Sul e muitos títulos
Nascido em Canoas, Scheffer relembra o começo na natação, quando tinha aproximadamente 7 anos. "Iniciei em uma academia em Canoas, por influência da minha família e principalmente meu irmão mais velho, Augusto." A rivalidade levada de casa para as piscinas contribuiu para o crescimento do atleta mirim, que logo mudou-se para o Grêmio Náutico União, da capital.
"Saí de casa cedo, aos 15 anos, para morar em Porto Alegre. Em 2018, aos 20, mudei de estado e clube para defender o Minas, em Belo Horizonte. Sempre tive todo o apoio da minha família e isso facilitou muito esse processo", conta o nadador, que não parou de empilhar títulos e recordes.
"Após essa mudança tive o maior salto da minha carreira e desde então integro a seleção brasileira. Todas as minhas conquistas foram importantes e tiveram grandes aprendizados da sua maneira."
Em 2018, no Troféu Maria Lenk, no Rio, ele quebrou o recorde sul-americano nos 200 metros livre em 1m46s08. Três dias depois, quebrou o recorde sul-americano dos 400 metros em 3m49s06. Na sequência, nos Jogos Sul-Americanos de 2018 em Cochabamba, na Bolívia, ele ganhou duas medalhas de ouro nos 200 metros e 4x200 livre, e uma prata nos 4x100 metros livre. Os títulos internacionais estavam apenas começando.
No Campeonato Pan-Pacífico de Natação de 2018 em Tóquio, Japão, terminou em quarto lugar nos 200 e 4x200 metros livre, e sexto nos 400 metros livre. Foi ouro no revezamento 4x200 ao lado de Luiz Altamir Melo, Leonardo Coelho Santos e Breno Correia, no Campeonato Mundial de Piscina Curta de 2018 em Hangzhou, China. Para fechar 2018, um dos principais anos de sua carreira, Fernando bateu o recorde sul-americano nos 200 metros livre, com o tempo de 1m45s51. Foi o quarto melhor tempo do mundo naquele ano.
Em 2019, o Fernando Scheffer, aos 21 anos, venceu duas medalhas de ouro nos 200 metros livre e no 4x200 livre, além de uma prata nos 400 metros livre.
Atleta lembra da preparação criativa para Tóquio e fala do foco para Paris 2024
A medalha de bronze em Tóquio foi conquistada depois de um momento duro para a humanidade. A pandemia da Covid-19 que assolou o planeta deixou Scheffer impossibilitado de treinar nas piscinas do clube durante um certo período. Scheffer e outros nadadores, então, tiveram uma ideia de praticar em um açude em Coronel Xavier Chaves, no interior de Minas. Inclusive, raias foram improvisadas no local. O resultado deu certo. "O treinamento no açude foi uma forma que encontramos de continuar os trabalhos durante a pandemia. A gente precisa trabalhar com as ferramentas que estão ao nosso alcance e, às vezes, um pouco de criatividade ajuda bastante", conta.
Agora, alguns anos depois, e com a situação da doença normalizada, o atleta poderá se preparar da maneira tradicional para a temporada que vem, que promete ser intensa e de muitas disputas. Scheffer é um forte candidato na prova dos 200 metros em Paris. Faltam aproximadamente 230 dias para o início dos Jogos na França.
"Já começamos nossa preparação para o mundial do ano que vem, em fevereiro, seletiva olímpica e Jogos de Paris. A expectativa é sempre chegar nessas competições na melhor forma física da carreira e representar o nosso país da melhor maneira."
Além dos treinos na piscina, o atleta também recebe apoio da Ajinomoto, que fornece a suplementação e a orientação nutricional com o programa "Alimentação para Vencer - Kachimeshi".
Scheffer entrou para o hall dos proeminentes medalhistas brasileiros do maior evento multiesportivo do mundo ao conquistar o bronze nos 200 metros livre nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Ele quebrou o recorde sul-americano da prova com o tempo de 1m44s66. Após o momento histórico, o canoense levou novamente o terceiro lugar, mas dessa vez no revezamento 4x200, no Mundial de Natação em Piscina Curta de 2021 em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, ao lado de Murilo Sartori, Kaique Alves e Breno Correia.
Ouro no Pan