PROVA CENTENÁRIA

Montenegrino embarca para os EUA para fazer história na Maratona de Boston

Corredor Silvério Nabinger, de 66 anos, será o primeiro atleta de Montenegro a participar da prova

Publicado em: 10/04/2024 15:53
Última atualização: 10/04/2024 15:59

Fazendo história na região. O maratonista Silvério Nabinger, de 66 anos, está prestes a realizar um sonho e um grande feito. Nesta quinta-feira (11), o atleta embarca para os Estados Unidos, onde vai participar da 128º edição da Maratona de Boston, uma das principais e mais antigas provas de atletismo do mundo.

Quando for dada a largada para o percurso de 42.195 quilômetros, na próxima segunda-feira (15), ele se tornará o primeiro montenegrino a correr na competição.

Atleta Silverio Nabinger (de preto) correndoArquivo Pessoal
A treinadora Patrícia Atkinson com o atleta Silverio NabingerArquivo Pessoal
“Será a minha primeira corrida fora do Brasil. Nunca tinha pensado nisso. Correr em Boston é mais do que fazer a maratona, é curtir a realização de um sonho. Como não tem premiação por categoria, classe, você vai, faz o seu melhor e desfruta da prova”, conta.

Prestes a embarcar, Nabinger comenta sobre esse último momento de preparação em solo brasileiro. “Essa última semana foi de mais cuidados, diminuição de quilometragem, foi praticamente de descanso, só para se manter ativo. A preparação toda levou cerca de seis meses. Como corri a Maratona do Vinho, em Bento Gonçalves, em fevereiro, eu estou em atividade. A preparação é basicamente de manutenção.”

Responsável pelo treinamento de Nabinger, a treinadora Patrícia Atkinson também estará em solo norte-americano para acompanhá-lo.

Correndo atrás de ajuda

O montenegrino, que começou a correr há aproximadamente 11 anos por conta de problemas de saúde, explica o motivo de nunca ter pensado em participar da competição nos Estados Unidos.

“Eu não tinha esse objetivo porque financeiramente é muito caro, mas o pessoal começou a me incentivar”, inicia. Com o índice garantido, foi a vez de correr atrás da verba.

“Pedi a inscrição para a organização, mandei o índice, passei pela peneira deles, já que tem milhares de pessoas do mundo inteiro tentando, e fui aceito. Daí os amigos começaram a ajudar. Empresas como a Comauto, Cromoflorais, e outras, além da lei de incentivo da prefeitura, que foi o maior recurso. Buscamos patrocínios e conseguimos tudo”, conclui.

Segundo o atleta, antes de conseguir o índice, o prefeito já havia prometido alguma ajuda em caso de sucesso.

O índice para correr em Boston foi conquistado na maratona de Porto Alegre, em 2023. Também no ano passado, a maratona americana recebeu cerca de 27 mil corredores, de mais de 100 países. Pouco mais de 600 eram brasileiros.

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