Uma lei aprovada pelo parlamento francês em abril de 2023 autorizou o uso de câmeras com programa de análise de imagem para detectar eventos suspeitos. Essa medida excepcional, própria aos jogos olímpicos e paraolímpicos, pretende reforçar a proteção desses eventos contra a ameaça terrorista. Autoridades francesas antecipam um aumento de atividades suspeitas durante os jogos.
O governo também anunciou que as empresas de defesa privadas com quem trabalhava nesse projeto não produziam algoritmos para fazer o reconhecimento facial ou a leitura de número de placas.
O sistema somente alerta em caso de oito situações predefinidas: fogo, objeto abandonado, arma, não respeito do senso de circulação comum, presencia em zona sensível ou fora de limite, importante densidade humana, movimento de multidão, e vítima no chão depois de uma queda. O sistema encaminha esses eventos em tempo real a bombeiros, polícia e enfermeiros, que decidem da resposta apropriada.
Essas medidas de segurança são consideradas por associações de defesa dos direitos humanos como Amnesty International, o primeiro passo de uma série de autorizações a técnicas de controle, prejudicando liberdades individuais. A lei passada anuncia que o uso desses algoritmos de vigilância será somente temporário, com previsão de encerramento em marco 2025.
Se isso realmente for o caso, não deveria haver problema no longo termo. No entanto, uma situação similar havia acontecido nos jogos de Londres em 2012, onde implementaram tecnologia de vigilância para os jogos, mas que não foram tiradas e continuam sendo usadas hoje.
Será que o mesmo vai acontecer na França?
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