Na manhã desta quarta-feira (13), no Estádio do Vale, a inclusão mostrou sua força durante o segundo encontro regional do projeto Gol de Placa, idealizado pelo Esporte Clube Novo Hamburgo. O evento reuniu aproximadamente 50 atletas — meninos com necessidades especiais, síndrome de Down e transtornos do desenvolvimento intelectual — em uma celebração de integração e competitividade.
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O projeto Gol de Placa, que existe há três anos, tem como principal objetivo promover a inclusão, proporcionando a esses atletas a oportunidade de vivenciar o futebol em um ambiente de competição amigável e inclusivo. “Muitas vezes, esses meninos encontram barreiras por serem especiais, por isso decidimos abrir as portas do clube para que eles possam se tornar atletas, viver o sonho de ser jogador de futebol”, comenta Lucas Martin, 44 anos, coordenador do projeto Gol de Placa das categorias de base anilada.
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O presidente do clube, Jerônimo Freitas, observa que o Novo Hamburgo é pioneiro no Brasil com esse projeto. “Hoje, somos o único clube que, dentro das suas categorias de base, tem uma categoria específica com atletas especiais”, afirma. O dirigente conta que os desafios de tocar um projeto como este são recompensados a partir do momento em que é possível observar a evolução de cada criança.
Por isso, o Noia tem o desejo de ampliar o Gol de Placa. “Hoje, temos 50 crianças inscritas, e queremos atingir 150 crianças em 2025”, avisa. “O clube está aberto à comunidade, para todas as famílias que tenham crianças especiais. Então, venham para o clube”, conclui.
Fortalecendo laços de amizade
Mais do que apenas um torneio, o encontro regional busca a interação entre equipes que acolhem e treinam atletas com necessidades especiais, reforçando o esporte como ferramenta de integração e respeito. Ao todo, seis equipes foram montadas, com atletas do projeto e estudantes vinculados às Apaes da região, como Portão e Dois Irmãos.
Além de oferecer um espaço competitivo, a iniciativa celebra cada conquista, desde a participação dos atletas em campo até a construção de novas amizades. “Pra mim é gratificante estar aqui, ao lado dos meus amigos, fazendo o que mais gosto, que é jogar bola. Espero poder conquistar mais amigos por meio do futebol”, ressalta o atleta Andrews Gabriel Napivoski, 22 anos, que foi um dos destaques do torneio jogando pela equipe hamburguense.
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